A cinemateca educacional de Henry Ford e o projeto de sociabilidade fordista
Palavras-chave:
Cinema mudo, Fordismo, Sociabilidade Capitalista, Aburguesamento, Classe Trabalhadora,Resumo
O presente artigo tem por escopo refletir sobre os processos de objetivação a que a classe operária norte-americana foi submetida em razão da ampla divulgação dos cinejornais produzidos pelo departamento de propaganda e cinema da Ford Motor Company entre os anos de 1914 e 1932. Nesse sentido, por meio da seleção de alguns filmes, procura-se refletir sobre os efeitos de uma linguagem mediatizada destinada a publicizar os valores “puritanos” próprios do campo organizacional corporativo também em sua simbiose com o campo das políticas públicas. Conclui-se que as práticas de ressignificação do self moderno, por meio de uma economia política dos afetos midiatizados, contribuiu para a remodular os traços morais da personalidade proletária obrigando-a a internalizar algumas singularidades do modus vivendi burguês.