Duzentos anos de dependência e autocracia

a revolução burguesa segundo Florestan Fernandes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1982-6672.2022v15i44p7-25

Palavras-chave:

Política do Brasil, Modernismo Brasileiro, Modernização Brasileira, Florestan Fernandes

Resumo

O objetivo do artigo é refletir criticamente sobre as principais características da sociedade brasileira, mediante um diálogo com a visão de Florestan Fernandes a respeito do processo histórico de desenvolvimento do capitalismo no Brasil, ou seja, da revolução burguesa. A principal referência do artigo é a obra A revolução burguesa no Brasil, mas serão utilizados também outros textos do autor, como Nova república? e Notas sobre o fascismo na América Latina. Pretende-se argumentar favoravelmente à atualidade do pensamento de Florestan Fernandes, devido à capacidade de o autor trabalhar dialeticamente a realidade brasileira, e, deste modo, contribuir para a compreensão da sua especificidade dentro do processo histórico de desenvolvimento do capitalismo em escala mundial. A ressaltar o abandono pela burguesia da revolução nacional-democrática, e seu vínculo com formas autocráticas (explícitas ou dissimuladas) de exercício do poder, os textos de Florestan Fernandes são uma grande contribuição para o entendimento da nossa contemporaneidade.

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Biografia do Autor

Cláudio Novaes Pinto Coelho, Núcleo de Estudos Críticos da Contemporaneidade

Cláudio Novaes Pinto Coelho. claudionpcoelho@uol.com.br. Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Coordenador do Núcleo de Estudos Críticos da Contemporaneidade (NECC).

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Publicado

2022-10-28