Infanticídio indígena, relativismo cultural e direitos humanos: elementos para reflexão

Autores

  • Ana Keila Mosca Pinezi UFABC

Palavras-chave:

Suruwahá, infanticídio, Direitos Humanos, Relativismo cultural

Resumo

Entre os Suruwahá ou Zuruahá, etnia localizada na bacia do rio Purus, sudoeste do Amazonas, o suicídio e o infanticídio são atores preponderantes de mortalidade. Em setembro de 2005, o caso de duas meninas Suruwahá, Iganani e Sumawani, que sobreviveram à prática do infanticídio, foi veiculado pela grande mídia, tornando o debate sobre direitos humanos e diversidade cultural ainda mais intenso. Esses dois casos são apenas representativos de uma velha controvérsia em torno do universalismo dos direitos humanos e a autonomia dos grupos étnicos em relação a assuntos fundamentais como a manutenção da vida ou não e da classificação do que é violência e desrespeito ao ser humano ou não. A trajetória de Iganani, vítima de paralisia cerebral, e sua mãe, Muwaji, que tem enfrentado as tradições de seu povo e os empecilhos burocráticos brasileiros para tratar da reabilitação de sua filha, são enfocadas neste artigo. Em torno desse caso, o objetivo deste trabalho é o de colocar em debate questões relativas a práticas tradicionais, dinâmica cultural, relativismo cultural, contato interétnico e direitos universais do homem.

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Biografia do Autor

Ana Keila Mosca Pinezi, UFABC

Licenciatura em História pela UNIMAUÁ e bacharel em Ciências Sociais com habilitação em Antropologia pela UNB; mestrado em Psicologia pela USP e doutorado em Ciências Sociais também pela USP. Atualmente é docente em Dedicação Exclusiva da Universidade Federal do ABC (UFABC). E-mail: ana.pinezi@ufabc.edu.br

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Como Citar

Pinezi, A. K. M. (2010). Infanticídio indígena, relativismo cultural e direitos humanos: elementos para reflexão. Aurora. Revista De Arte, Mídia E Política, (8), p. 33. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/3862