A (in) existência do ser
maternagem, gênero e trabalho doméstico em Roma
DOI:
https://doi.org/10.23925/1982-6672.2021v14i41p121-134Palavras-chave:
Cuidado. Cinema. Trabalho Feminino. Desigualdades. Mulheres.Resumo
A análise fílmica, cujas interpretações são apresentadas neste trabalho, foi realizada baseada no filme “Roma” de Alfonso Cuarón, cineasta mexicano. As questões apontadas no filme trazem importantes debates a serem feitos e aqui, elenco, três momentos para discussão que são: a maternagem (cuidado), as relações de gênero e o trabalho doméstico. Aspectos indissociáveis quando pensamos a situação de muitas mulheres ao redor do mundo que trabalham como domésticas e são na sua grande maioria, migrantes de zonas rurais, de aldeias indígenas ou periféricas. Para atingir o objetivo do artigo que é compreender as imbricadas relações de afeto e desigualdades oriundas do trabalho de cuidado fundamento a metodologia nos argumentos apresentados à luz da análise fílmica de Vanoye e Goliot-Lété (1994). Constata-se que “Roma” traz uma importante contribuição para pensar o papel das mulheres, as imbricadas relações de gênero e o afeto e as emoções como características de uma atividade que opera na (in)existência do ser.
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