As Persistências Fanonianas no Século XXI
DOI :
https://doi.org/10.23925/2675-8253.2021v2IiE3Mots-clés :
Filosofia, Fanon, NegritudeRésumé
Um dos maiores problemas, no que tange a população negra ainda hoje, é a fuga de sua historicidade para passar por um processo de afirmação e ser reconhecido pelo homem ou mulher branco e branca. O uso de máscaras, que disfarçam essas características, continuam a ser empregadas, sendo vistas como uma tentativa de aproximar-se de uma raça que muitas vezes se coloca numa posição de universalidade ontológica. Dito isso, o presente ensaio visa apresentar uma das problemáticas contida no livro Pele Negra, Máscaras Brancas de Frantz Fanon. Desse modo, aborda-se como conteúdo o conceito de reconhecimento, explanado pelo autor, como um contraponto a Hegel. Seguido por uma explanação de como o negro é colocado na zona do não-ser, por meio da falta desse reconhecimento que é universalizado pelo branco. Apresentando ainda de que maneira esse lugar não-ontológico ainda persiste no século XXI, com a permanência de instituições racistas e a dificuldade de ascensão social da pessoa preta. O que, por fim, conduz para as vias de solução que podem ser apresentadas: como a retirada da posição universal e a intersecção entre corpo e mente.
Références
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses com colaboração de Karl-Heinz Efken. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1992.
SARTRE, Jean Paul. Crítica da Razão Dialética. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Rio de Janeiro: Vozes, 2017.
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