Conflitos ontológicos na psicanálise – conversando com C. Bollas e G. Simondon

Autores/as

  • Amnéris Maroni

Resumen

Na entrevista da Revista Percurso, Christopher Bollas nos oferece uma interessante discussão política na psicanálise: a guerra entre as escolas supõe mentes puras, não contaminadas, e essa é, na compreensão do autor, uma das características da mente fascista. Essa guerra também invalidaria um dos elementos básicos da profissão de analista, quero dizer, a análise individual, pois um dos supostos da análise é conquistar a possibilidade de ser si mesmo. Então, como poderia justificar-se identificações tão primárias com uma escola, um autor, uma perspectiva? Com isso, cunhou-se um estranho paradoxo: a psicanálise, que se diz não afeita à política, importou para suas entranhas uma luta política comprometedora.

Publicado

2020-03-02