Potencialidades da ideia de mente e do interpretante peircianos para uma perspectiva semiótica e ecológica da comunicação

Autores

  • Eluiza Bortolotto Guizzi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campo Grande – MS - Brasil

Palavras-chave:

Charles S. Peirce. Filosofia peirciana. Ecossemiótica. Transmisão de de ideias

Resumo

Há, hoje, ciências que, quando colocadas em relação com a da comunicação, permitem tratá-la de um modo diferenciado, a exemplo da semiótica, cujas teorias instigam tanto ampliar o campo de abrangência da comunicação quanto rever seus processos e o papel dos agentes envolvidos. A direção adotada por este texto é a de analisar algumas implicações de se entender a comunicação de uma perspectiva semiótica específica – a de Charles Sanders Peirce (1839-1914). Acrescenta a isso um outro compromisso: o de analisar na teoria aspectos que têm permitido caracterizá-la como uma “ecossemiótica”; o que implica em dizer que lança um ponto de vista sobre a comunicação que é, ao mesmo tempo, semiótico e ecológico. Utiliza-se, entre as referências teóricas, escritos de Winfried Nöth, que trata da influência “transdisciplinar” da ecologia na nossa época, e de Thomas Sebeok, que concebe a comunicação, sob o foco da semiótica. Para analisar o problema este texto utiliza, da obra de Peirce, além da teoria semiótica, outros conceitos filosóficos, especialmente o de “mente” e o de transmissão de ideias. Com base nesse referencial teórico, este texto apresenta argumentos para se compreender as implicações da perspectiva da semiótica de Peirce, caracterizada como “ecológica”, sobre os processos de comunicação.

Biografia do Autor

Eluiza Bortolotto Guizzi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campo Grande – MS - Brasil

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Publicado

2014-07-06

Edição

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Artigos