O CONCEITO PEIRCEANO DE INFORMAÇÃO GENUÍNA E SEU EMPREGO NA EXPLICAÇÃO DA AÇÃO

Autores

  • Gilberto César Lopes Rodrigues Unesp-Marília
  • João Antonio de Moraes Unesp-Marília

Palavras-chave:

Ação. Causalidade. Hábito. Informação. Processo semiótico.

Resumo

O objetivo deste trabalho é examinar a concepção peirceana de informação genuína entendida como ‘o produto da extensão e da profundidade dos termos lógicos’ (Silveira, 2008) no contexto da ação significativa. Avaliamos a relação desta concepção com o conceito de signo entendido como um ‘processo de comunicação de formas’ (De Tienne, 2005) tendo em vista a máxima pragmática segundo a qual ‘a totalidade do significado de uma concepção constitui-se na totalidade de suas conseqüências práticas concebíveis’ (CP-5.9), considerando sua pertinência para a explicação da ação. Em seguida, apresentamos a hipótese de que tal máxima poderia indicar que a informação resultante de um processo de comunicação de formas estaria relacionada indissociavelmente com o plano da ação. Argumentamos que se este processo for sobre as regularidades de um entorno para um organismo situado e incorporado, ele seria informativo na medida em que possibilitasse instaurar hábitos para a ação. Finalmente, com base nas análises de De Tienne (2005) sobre o conceito de informação genuína em Peirce, defendemos a hipótese para a explicação da ação segundo a qual: ação é o movimento regido por informação genuína.

Referências

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Publicado

2010-05-12

Edição

Seção

Artigos