São os ready-mades e a arte conceitual compatíveis com uma definição estética de arte?
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-8428.2019v16i1p74-87Palavras-chave:
Estética, filosofia da arte, definição de arte, experiência estética, arte não-estética.Resumo
Para incluir a variada produção artística do século XX, alguns filósofos negam que haja qualquer condição estética que algo deva satisfazer para ser arte. Mas será que é preciso abandonar condições estéticas para se definir arte, a fim de que, assim, se possa incluir casos como os ready-mades de Duchamp e da Arte Conceitual como casos de arte? As principais objeções às definições estéticas de arte centram-se no argumento de que elas excluem esses casos como casos de arte e que esses seriam, portanto, contraexemplos às definições estéticas de arte. Neste artigo, pretendo mostrar que a definição estética de Monroe Beardsley pode responder à objeção da arte “não-estética” de Timothy Binkley, uma vez que a base para esta objeção é uma concepção puramente perceptual da experiência estética.