O elemento lógico representado pela retrodução na filosofia de Charles Sanders Peirce

Autores

  • Júlio César D'Oliveira Pontifícia Universidade Católica - PUCSP

DOI:

https://doi.org/10.23925/1809-8428.2019v16i1p44-54

Palavras-chave:

Peirce. Percepção. Raciocínio. Retrodução. Pragmatismo.

Resumo

Há muito ainda que se investigar e refletir sobre a filosofia desenvolvida por C.S. Peirce. Mas um elemento de especial relevância está anunciado nos meandros da sua Teoria da Percepção. Referimo-nos acerca do ato de retrodução e buscaremos destacar que sua primordialidade está ligada às operações do raciocínio, composto também dos elementos de dedução e indução.  A importância deste breve estudo se eleva quando examina como tais elementos auxiliam na exegese fenomenológica peirciana, o que, como consequência, viabiliza ativamente a compreensão do mundo. Com isso, pretendemos aclarar ao máximo o conceito atribuído à retrodução, bem como a forma pela qual esta forma de raciocínio se manifesta em nossos comportamentos empíricos.  Será satisfatório, deste modo, compreendê-la como uma atuação da mente que ocorre num átimo, enquanto ainda há algo de vago, cuja eclosão do sentido que capta o fenômeno se dá no horizonte da experiência, mas num momento em que os elementos externos ainda não estão aptos para gerar certeza cognitiva sobre qualquer coisa. Todavia, nem por isso possui papel insignificante, já que a partir deste sentimento sedimentam-se as bases para a dedução e a indução também atuarem, possibilitando a concretude das ações e construindo pontes do mundo interior para o universo exterior.  

Biografia do Autor

Júlio César D'Oliveira, Pontifícia Universidade Católica - PUCSP

Doutorando em Filosofia pela PUC/SP. 

Membro do Centro de Estudos sobre Pragmatismo - PUC/SP.

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Publicado

2019-06-29

Edição

Seção

Artigos