Da Fenomenologia À Semiótica: A Obra De Arte Em Processo

Autores

  • Lauro José Maia Marques PUCSP (doutorando)

Palavras-chave:

Fenomenologia, Semiótica, Arte, Processo, C. S. Peirce

Resumo

Este trabalho é uma segunda versão, revista e ampliada, de uma comunicação que primeiro apresentamos no I Congresso Internacional da Associação Brasileira de Estudos Semióticos, em outubro de 2003, na UNESP de Araraquara, SP, e que apresentamos novamente, com as modificações, no VI Encontro Internacional sobre o Pragmatismo, na PUC de São Paulo, em novembro do mesmo ano. Trata-se de uma reflexão sobre a obra de arte, baseada na filosofia de Charles Sanders Peirce. Partimos da perspectiva fenomenológica de como o artista, visando produzir um efeito estético, avaliaria sua obra. Esta seria a ocasião em que, em algum momento do processo criativo, o artista se colocaria como o espectador de sua própria obra, e julgaria se a qualidade que pretende imprimir à totalidade das partes foi atingida. É a mente do artista que nos interessa, ou melhor, são os traços da ação de uma natureza mental –e, portanto, comum, tanto àquele que produz, quanto ao público que aprecia uma obra de arte. O que significa entender também a obra de arte como uma espécie de mente ou processo semiótico, uma “razoabilidade concreta” expressando a si mesma. A intenção do artista nesse caso é importante, porque ela é inseparável da direcionalidade da obra em si mesma. Sobre esse último ponto, Ransdell, cuja “concepção semiótica da arte” estaremos embrionariamente enfocando aqui, vai desenvolver até às últimas consequências a noção da obra de arte como um processo autônomo. Isto é, dotada de seu próprio e inerente télos, conforme veremos mais a seguir.

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