A dança da permanência: um jogo que permite adequar possibilidade e necessidade

Autores

  • Adriana Bittencourt Machado PUC-SP

Palavras-chave:

Permanência, Dança, Movimento, Mediações

Resumo

A presente comunicação vem elucidar o fenômeno da permanência como condição indispensável para que os sistemas e ambientes consigam se comunicar e, assim, colaborar para a evolução do Universo. A vida de todo organismo é movimento. A dança, como tudo que é vivo, se transforma pelo movimento. Aqui, a dança serve como exemplo de onde se aplica essa hipótese sobre a permanência, exatamente pelo seu caráter de existir em permanente fazer, e, portanto, ser sempre transformação. O Universo evolui, transformando reajustes gerados por deslocamentos e vinculações, numa espécie de “dança cósmica” ou “dança da permanência”: um jogo que permite adequar possibilidade e necessidade. Sendo assim, a dança inicia seu tempo quando emerge, pois sob o ponto de vista do sistema, o tempo “nasce” quando emerge como singularidade. Sabemos que o corpo em seu cotidiano se expressa através de movimentos e gestos, códigos gestuais formados por padrões, que nas linguagens humanas assumem formas de argumentos, leis, símbolos. O corpo dança como pensa, pois é no corpo que se dá a experiência das mediações e a dança aparece como expressão dessas relações. O movimento de dança pode aparecer como primeiro ou signo icônico, como segundo, o fato, e como terceiro, o mediador e representação de um corpo: o movimento simultaneamente. Tudo que existe expressa algo. Na dança, o movimento é a chave da sua comunicação. Ele é o que faz da dança uma das maneiras possíveis do Universo se comunicar.

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