A prática argumentativa: precisamos de um ideal regulativo capaz de distinguir uma justificação real de uma ideal?

Autores

  • Marco Antônio Sousa Alves Faculdade Milton Campos e das Faculdades Promove

Palavras-chave:

Ideal argumentativo, Justificação ideal, Peirce, Apel, Habermas, Rorty

Resumo

A comunicação portará sobre a problemática da justificação e da idealização da argumentação. O estudo recairá sobre quatro pensadores (Charles Sanders Peirce, Karl-Otto Apel, Jürgen Habermas e Richard Rorty) e analisará os seguintes pontos: (a) como Peirce chega à idéia de uma comunidade indefinida de investigadores a partir de uma transformação semiótico-pragmática da lógica transcendental kantiana; (b) como Apel inclui a problemática hermenêutica nessa questão e desenvolve a idéia de uma comunidade ideal de comunicação a partir de uma reflexão transcendental acerca de nossa capacidade argumentativa; (c) como Habermas mitiga o transcendentalismo apriorista de Apel na sua versão de uma situação ideal de fala, desenvolvendo um estudo reconstrutivo “semi-transcendental” e dando maior importância ao mundo da vida e à consciência falibilista; e, por fim, (d) como o neopragmatismo de Rorty se opõe a esses grandes ideais regulativos e propõe uma cuidadosa idealização fraca das condições de justificação, entendida em termos etnocêntricos. O objetivo dessa análise é permitir uma avaliação mais acurada dos argumentos dados a favor ou contra a necessidade de um ideal regulativo capaz de distinguir uma justificação real de uma ideal.

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