Conhecimento e Instinto em Peirce e Dewey: Uma Epistemologia Realista e “Naturalizada”

Autores

  • José Francisco dos Santos Centro Universitário de Brusque (Unifebe) - Brasil

Palavras-chave:

Instinto, Conhecimento, Experiência, Signo.

Resumo

A filosofia de Peirce e Dewey é fortemente influenciada pela biologia pós-darwiniana, de tal modo que as questões acerca do conhecimento adquirem uma nova dimensão no pragmatismo, uma vez que a noção de mente, a função do cérebro e a idéia de experiência adquirem novos contornos. Os racionalistas, os empiristas e Kant partilhavam idéias semelhantes acerca da razão e da experiência, esta última entendida como o meio pelo qual os dados isolados chegam à mente. Isso requeria uma idéia de Razão acima da experiência, para organizá-la. O evolucionismo da biologia mostrou que a formação do aparato cognitivo é fruto de um processo evolucionário, no qual o organismo vai criando soluções para os desafios encontrados no meio, visando sua sobrevivência. A partir dessas considerações e de algumas outras idéias acerca da semiótica peirceana e seu conceito de abdução, bem como pela crítica de Dewey à idéia de experiência da filosofia tradicional, pode-se esboçar um modo diferenciado de conceber o conhecimento, sem dualismos e nominalismos, no qual instinto e mente se unificam na compreensão do mundo e na adaptação a ele.

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