O a priori Pragmático de C.I. Lewis

Autores

  • Lauri Järvilehto University of Jyväskylä

Palavras-chave:

Filosofia, Pragmatism, Epistemologia, A priori

Resumo

O conhecimento a priori é um tópico bastante controverso na epistemologia. Todavia, compreender como podemos conhecer a verdade de certas afirmações sem nos voltarmos a indícios empíricos é um empreendimento filosófico quintessencial. Uma interpretação inovadora do a priori foi apresentada pelo pragmatista Americano Clarence Irving Lewis. Lewis introduziu a concepção no seu escrito de 1923 chamado “A pragmatic conception of the a priori”, refinando-a para se tornar a pedra fundamental de sua teoria epistemological em “Mind and the World Order” (1929). Lewis transforma a noção de conhecimento a priori nesse ano. O a priori pragmático, diferentemente do que sustentavam as tradicionais posições cartesiana e leibniziana, não é universalmente privilegiado. Lewis sustenta, antes, que o conhecimento a priori é sempre reflexivo para uma convenção. A elegante interpretação de Lewis, porém, não sucumbe a um convencionalismo ou a um relativismo. Embora as verdades a priori possam variar de convenção para convenção, elas ainda são privilegiadas dentro de uma convenção. Uma vez que uma dada convenção é escolhida, suas verdades cognoscíveis a priori – não importa o que aconteça – permanecem. Uma demonstração dessa variação poderia, por exemplo, ser dada ao se comparer várias lógicas consistentes e geometrias hiperbólicas rivais. Lewis sustenta que junto com o element dado na experiência, muitas convenções igualmente resultam em conhecimento preciso. Os comprometimentos a priori fundamentais adotados dentro de uma convenção agem como os fundamentos para a veridicalidade. Dessa forma, julgar a veridicalidade cruzando entre as convenções não é possível. A escolha de comprometimento conceitual só é discernível em termos de critérios pragmáticos. Essa noção resulta em um tipo de perspectivismo ontológico que não é atípico de um pragmatism Americano em geral. No presente artigo, os argumentos centrais em favor do a priori pragmático são explorados, em contraposição às noções clássicas, quando necessário. Os principais argumentos de Lewis serão tirados principalmente da introdução de 1923 e sustentados ulteriormente por um amplo corpus de seus escritos posteriors. O propósito deste artigo é dar uma interpretação concise do a priori pragmático, assim como defendê-lo como a interpretação mais plausível do conhecimento a priori disponível atualmente.

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