Filosofia Clínica e Pragmatismo: aproximações iniciais

Autores

  • Monica Aiub PUC-SP/Doutoranda Universidade Presbiteriana Mackenzie/Professora Interseção - Instituto de Filosofia Clínica de São Paulo

Palavras-chave:

Filosofia Clínica, Pragmatismo, Peirce, plasticidade, hábitos.

Resumo

Segundo Peirce, a filosofia caracteriza-se por estar no mundo, por trabalhar com a experiência, com o vivido, generalizando e extraindo, de suas regularidades, os conceitos que provocarão aprendizagem, ou seja, gerarão mudanças de hábitos. Da mesma forma, em filosofia clínica, as questões cotidianas são abordadas a partir de suas interações com o universo circundante, observados os padrões de regularidade apresentados na historicidade da pessoa. Tais padrões referem-se a hábitos não apenas de um sujeito, mas de todo o seu entorno. Não sendo traçadas dualidades entre interno e externo, compreende-se a pessoa diante do vivido, observando suas experiências, examinando este vivido e aprendendo, com o objetivo de provocar movimentações, gerar novos hábitos, tendo em vista a experiência futura. Partindo destas aproximações iniciais, o presente trabalho pretende considerar em que medida a prática da filosofia clínica encontra fundamentos no pragmatismo de Peirce.

Referências

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Publicado

2012-07-29

Edição

Seção

Artigos