Pragmatismo e a Perda da Inocência

Autores

  • Nathan Houser

Palavras-chave:

(neo)pragmatismo, Peirce, Dennett, darwinismo, evolucionismo, naturalismo

Resumo

O que há com o pragmatismo que desde seu nascimento é considerado perturbador? Lembro-me da observação de Daniel Dennett, em seu Pronunciamento Presidencial da American Philosophical Association, que “muitas pessoas detestam visceralmente o darwinismo”. Há algo com o pragmatismo que sempre foi considerado profundamente incômodo, e eu acredito que isso esteja relacionado com o que incomoda as pessoas no darwinismo. Inspirado no tratamento de Dennett, em seu Pronunciamento Presidencial e em seu livro Darwin’s Dangerous Idea, da idéia e do impacto da teoria evolucionária, olharei para o pragmatismo sob essa luz e sugerirei que ele pode ser ainda mais ameaçador do que o darwinismo, para os valores tradicionais do ocidente e para a glorificação do individualismo. Sugerirei que o pragmatismo é uma filosofia naturalista que pressupõe um evolucionismo radical e que, tentem o quanto puderem substituir uma crença em um meliorismo exuberante pela fé religiosa, os pragmatistas devem conseqüentemente encarar o fato de que tudo é passageiro e de que a ignorância prevalecerá. Mas, talvez surpreendentemente, isto não é causa para uma perspectiva pessimista. A futilidade, em longo prazo, não é desculpa para o desespero, hoje em dia. Incluirei, entrelaçada com estes temas algo didáticos, alguma comparação da filosofia parcimoniosa de Dennett com as visões dos pragmatistas originais, especialmente com o pragmatismo semiótico de Peirce, e considerarei brevemente se o naturalismo que vem de Quine para Dennett é um ramo neopragmatista que foi amplamente ignorado.

Metrics

PDF views
337
Jan 2013Jul 2013Jan 2014Jul 2014Jan 2015Jul 2015Jan 2016Jul 2016Jan 2017Jul 2017Jan 2018Jul 2018Jan 2019Jul 2019Jan 2020Jul 2020Jan 2021Jul 2021Jan 2022Jul 2022Jan 2023Jul 2023Jan 2024Jul 2024Jan 2025Jul 2025Jan 202650
|

Downloads

Publicado

2013-01-09

Como Citar

Houser, N. (2013). Pragmatismo e a Perda da Inocência. Cognitio: Revista De Filosofia, 4(2), 49–62. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/13230

Edição

Seção

Artigos Cognitio