Origens do Pragmaticismo: O “Antifundacionalismo” de C. S. Peirce e a sua Defesa da Filosofia Crítica do Senso Comum
Palavras-chave:
Pragmaticismo, Realismo, Doutrina do senso comum crítico, Máxima do pragmaticismoResumo
O subtítulo deste artigo, O “antifundacionalismo” de C. S. Peirce e a sua defesa da filosofia crítica do senso comum, já indica o seu objetivo. Tento explicitar o que foi dito por Peirce: não apenas que toda a sua filosofia parecia crescer “a partir de um contrito falibilismo, combinado com uma alta fé na realidade do conhecimento”, mas também que duas doutrinas – a doutrina do senso comum crítico e a doutrina escolástica do realismo – foram desenvolvidas ou elaboradas por ele antes da sua formulação do pragmaticismo. O realismo de Peirce é indissociável do seu pragmatismo: “O pragmaticismo jamais teria entrado numa cabeça que não estivesse já convencida de que há gerais reais” (CP 5.503, 1905). Não apresento aqui Peirce simplesmente como um anticartesiano, mas retomo o que ele próprio disse: “Embora o pragmaticismo não seja uma filosofia [...] ele se ajusta melhor à filosofia inglesa e, mais particularmente, à doutrina escocesa do senso comum” (CP 8.207, 1905), e insisto que o pragmaticismo está vinculado não apenas à filosofia escocesa mas “mais ou menos a toda a filosofia moderna” e pode ser caracterizado como uma “total ruptura com o nominalismo” (CP 8.208). Em Issues of Pragmaticism [1905], Peirce defende a sua doutrina do senso comum crítico e expõe os seis erros que ele encontrou na doutrina escocesa do senso comum. Do início ao fim de sua obra, Peirce defendeu um pragmatismo realista e falibilista, mas isso não o impediu, ao contrário de muitos “pragmatistas” contemporâneos, de recusar todo acomodamento com o “espírito literário” e de enfatizar a legitimidade das questões fundamentais da filosofia.Metrics
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Publicado
2018-06-30
Como Citar
Magalhães, T. C. de. (2018). Origens do Pragmaticismo: O “Antifundacionalismo” de C. S. Peirce e a sua Defesa da Filosofia Crítica do Senso Comum. Cognitio: Revista De Filosofia, 7(1), 49–76. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/13570
Edição
Seção
Artigos Cognitio