O mundo bem nosso: antirrepresentacionismo poiético-pragmático, não linguístico
Palavras-chave:
Antirrepresentacionismo. Não-fundacionismo. Prática poiético-sensível. Intencionalidade sensível significadora. Mundo como artefato.Resumo
Neste ensaio trato do nosso emaranhamento prático sensível criativo com o mundo, pondo em relação realidade, ação, significação e conhecimento, buscando distinguir minha posição a esse respeito, tanto de certo realismo representacionista, empirista, concebido aqui como pouco interessante para a realização das disposições livres, prático-criadoras dos seres humanos, quanto ao mesmo tempo de um antirrepresentacionismo linguístico que teria preocupações semelhantes, tomado aqui, porém, como insuficientemente aberto à criação sensível, embora disposto ao reconhecimento da dimensão social, não-fundacionista, daquele emaranhamento. Trato de fazer isso pela via de um não-representacionismo prático-sensível, sugerido como possivelmente mais vantajoso, defensável e apropriado às nossas circunstâncias. Isso com base na utilização, ainda preliminar, de quatro noções principais: a) a de intencionalidade prático-sensível, significadora, b) a do real e de nós próprios como atividade sensível, c) a da ação humana como poiésis, fazer criador que introduz coisas no mundo e d) a de significação e normatividade como constituídas na nossa própria prática de lidar com o mundo orientada por propósitos. O texto procede, basicamente, por quatro passos principais: 1) expõe criticamente o lado mentalista abstrato daquele empirismo realista, 2) expõe criticamente um antirepresentacionismo linguístico, que a ele se contrapõe, aqui construído como demasiado ‘linguicêntrico’, e 3) como alternativa a essas duas figuras/constructos, trata de chegar a um embrião de ‘pragmatismo sensível-criativo’, para finalmente, por conclusão, 4) esboçar uma particular concepção holista-materialista objetual do mundo, da cultura e de nós mesmos.Metrics
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Publicado
2016-05-09
Como Citar
Souza, J. C. de. (2016). O mundo bem nosso: antirrepresentacionismo poiético-pragmático, não linguístico. Cognitio: Revista De Filosofia, 16(2), 335–360. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/27770
Edição
Seção
Artigos Cognitio