Contextualismo como representacionismo?

Autores

  • Eduardo Caliendo Marchesan FFLCH-USP/Pós-doutorando

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2017v18i1p89-98

Palavras-chave:

Contextualismo, Condições de verdade, Significado, Representação, Filosofia da linguagem comum,

Resumo

Este artigo aborda uma crítica feita alguns anos atrás por Avner Baz sobre o trabalho de contextualistas atuais na filosofia da linguagem. A crítica de Baz enfoca a ideia de que os contextualistas (especialmente Charles Travis) interpretaram mal o ataque feito por J. L. Austin e Wittgenstein à chamada “concepção vigente de significado”. Apesar da insistência deles sobre os fatores contextuais que determinam o contexto de uma declaração, Baz argumenta que os contextualistas ainda explicam nossos enunciados em termos das condições de verdade das sentenças que expressam e, ao enfatizarem a dimensão referencial das palavras, acabam por defender uma concepção de significado como uma entidade teórica, responsável por assinalar os objetos do nosso discurso. Portanto, para Baz, eles mantêm uma visão representacionista ainda intimamente ligada à concepção tradicional de concepção de significado. Descrevendo as bases da visão de Baz, sustento neste artigo que a ligação que ele assevera entre referência e uma teoria de significado como representação, é precisamente o objetivo de contextualistas como Charles Travis. O trabalho deles é apresentado aqui como uma tentativa de explicar a referência de palavras e as condições de verdade de uma sentença após a ocorrência de uma negação radical da noção de significado como representação. Nesse sentido, contrariamente ao que Baz afirma, estão intimamente ligados ao espírito dos pioneiros da filosofia da linguagem comum.

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Biografia do Autor

Eduardo Caliendo Marchesan, FFLCH-USP/Pós-doutorando

Pós-doutorando do Departamento de Filosofia da FFLCH-USP. Bolsista Fapesp.

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Publicado

2017-07-10

Como Citar

Marchesan, E. C. (2017). Contextualismo como representacionismo?. Cognitio: Revista De Filosofia, 18(1), 89–98. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2017v18i1p89-98

Edição

Seção

Artigos Cognitio