Uma revisão da crítica de Morton White referente à teoria da valoração e normatividade de Clarence Irving Lewis
DOI:
https://doi.org/10.23925/2316-5278.2017v18i2p259-272Palavras-chave:
Pragmatismo, Clarence Irving Lewis, Morton White, Conhecimento, Normatividade, Valoração.Resumo
Este artigo apresenta um exame da crítica proposta por Morton White em seu artigo “Valor e obrigação em Dewey e Lewis” (1949), em particular, a aquela voltada para o conceito de normatividade e valoração de C.I. Lewis. A crítica afirma que Lewis, ao oferecer um caráter normativo dos juízos éticos, malogra ao articular consistentemente a sua concepção ética com a sua teoria do conhecimento. Isso leva White a concluir que o pragmatista não possui uma solução para o problema fundamental da ética. Argumentarei que tal conclusão é equivocada. O núcleo da minha argumentação repousa na tese de que a crítica de White se origina de uma interpretação incorreta do pragmatismo conceitualista de Lewis, falhando em reconhecer que o apriorismo pragmático é a chave para o entendimento adequado de teoria do conhecimento e para uma explicação da conexão e articulação entre valoração e normatividade no interior da abordagem de Lewis. Nesta linha, mostrarei que, muito pelo contrário, a epistemologia de Lewis destaca os desenvolvimentos éticos e normativos, revelando uma teoria naturalística de valoração que é a base na qual a normatividade emerge pragmaticamente. Sustentarei, também, que essa perspectiva oferece uma concepção profícua de valores e normas que não têm sido suficientemente exploradas; algo que confronta o ceticismo ético, podendo levar em conta o status cognitivo de valores e normas, e que recupera o caráter racional da valoração não apenas para a ética, mas, também, para o conhecimento e a ciência.Metrics
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Publicado
2018-02-03
Como Citar
Sánchez García, V. P. (2018). Uma revisão da crítica de Morton White referente à teoria da valoração e normatividade de Clarence Irving Lewis. Cognitio: Revista De Filosofia, 18(2), 259–272. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2017v18i2p259-272
Edição
Seção
Artigos Cognitio