O problema do caráter epistêmico de normas e valores no debate Putnam-Habermas: uma resposta da teoria da normatividade de Clarence Irving Lewis
DOI:
https://doi.org/10.23925/10.23925/2316-5278.2018v19i1p148-159Palavras-chave:
Clarence Irving Lewis, Debate entre Habermas-Putnam, Normas, Objetividade, ValoresResumo
A questão do relacionamento entre a normatividade e valoração e sua incorporação no discurso racional é um dos problemas mais relevantes na filosofia contemporânea e é claramente desdobrada em todas as suas complexidades no debate paradigmático mantido entre Hilary Putnam e Jürgen Habermas durante a primeira década do século XXI. A partir dessas posições que reivindicam a tradição do pragmatismo americano, os filósofos discutem a objetividade dos juízos de valor e normativos defendendo, com diferenças significativas, uma posição cognitivista. A presente contribuição aborda essa discussão com o propósito de apresentar o pragmatismo conceitualista de Clarence Irving Lewis como uma alternativa e posição profícua com os recursos para interagir com algumas das principais questões discutidas por Putnam e Habermas. Meu propósito é mostrar o modo como Lewis explica o caráter cognitivo das normas e valores enquanto sustenta, simultaneamente, uma demarcação significativa entre ambos os conceitos. Argumentarei que essa distinção é pragmática – não epistêmica –, e que isso permite ao pragmatista defender um cognitivismo que pode articular um naturalismo não reducionista referente aos valores com um conceito racionalista de normas, uma posição que pode evitar algumas das objeções que enfrentam Putnam e Habermas.Metrics
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Publicado
2018-09-06
Como Citar
Sánchez García, V. P. (2018). O problema do caráter epistêmico de normas e valores no debate Putnam-Habermas: uma resposta da teoria da normatividade de Clarence Irving Lewis. Cognitio: Revista De Filosofia, 19(1), 148–159. https://doi.org/10.23925/10.23925/2316-5278.2018v19i1p148-159
Edição
Seção
Artigos Cognitio