Necessidades humanas básicas como valores: explorando a perspectiva normativa de John Dewey sobre a filosofia social

Autores

  • Livio Mattarollo CIeFi, IdIHCS, UNLP / CONICET

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018v19i2p282-295

Palavras-chave:

Filosofia social, John Dewey, Necessidades humanas básicas, Padrão Normativo, Valores

Resumo

O projeto de John Dewey sobre a filosofia social não tem sido considerado como uma peça importante de seu pensamento. Entretanto, seus textos sobre esse tópico constituem um notável esforço para articular diversos novos conceitos e ideias, os quais não podem ser encontrados em outra parte de sua extensa obra filosófica. Inserida nesse contexto, a nova edição de suas “Palestras em filosofia política e social” – série de palestras que Dewey apresentou quando esteve na China – fornece um material único para revisar seu ponto de vista social. Levando-se em consideração que o pragmatista introduz uma “figura normativa” e que ele identifica um conjunto de necessidades humanas básicas de maneira a compreender plenamente esse critério normativo. Como hipótese, considero (i) que a filosofia social está principalmente associada com juízos práticos e (ii) que é plausível interpretar essas necessidades humanas básicas como valores. Para sustentar essas afirmações, primeiro, reconstruo a proposta de Dewey sobre um terceiro tipo de pensamento social. Segundo, examino sua posição sobre valores e normas. Terceiro, analiso a “figura normativa” e considero a “leitura antropológica” apresentada por Roberto Frega (2015). Por fim, ofereço uma análise complementar, argumentando que é possível explicar o padrão normativo de Dewey de maneira coerente com respeito aos propósitos do seu pensamento social – e, além disso, que é possível evitar qualquer compromisso essencialista.

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Publicado

2019-02-01

Como Citar

Mattarollo, L. (2019). Necessidades humanas básicas como valores: explorando a perspectiva normativa de John Dewey sobre a filosofia social. Cognitio: Revista De Filosofia, 19(2), 282–295. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2018v19i2p282-295

Edição

Seção

Artigos Cognitio