A influência do Peirce nas reflexões de Haack sobre a natureza da lógica
DOI:
https://doi.org/10.23925/2316-5278.2021v22i1:e54045Palavras-chave:
logic, pragmatism, revisability of logic, Peirce, HaackResumo
Em seu livro Deviant Logic (1974), Susan Haack defendia um conceito “pragmatista” de lógica. Esta concepção sustenta que, (i) a lógica é uma teoria em pé de igualdade com outras teorias científicas, diferindo apenas de tais teorias por seu grau de generalidade e (ii) a escolha de uma lógica particular deve ser feita com base em princípios pragmáticos, a saber, economia, coerência e simplicidade. Esta visão foi contrastada, nesse livro, com uma visão “absolutista” da lógica, segundo a qual as leis lógicas são necessárias e imunes à revisão. Duas décadas depois, porém, Haack reconheceu, na Introdução de uma versão ampliada do mesmo livro, que não abordaria a questão da possibilidade de revisão da lógica da mesma forma que fizera anteriormente. O que faltava em seu primeiro livro era uma distinção entre a questão da necessidade das leis da lógica e a questão de nossa falibilidade no reconhecimento de quais são as verdadeiras leis da lógica e quais estruturas são essenciais para representação. Ela também reconheceu que essa mudança foi influenciada principalmente por Peirce, com cujo trabalho ela tinha “há vinte anos apenas o conhecimento mais superficial”. Neste contexto, este trabalho tem dois objetivos: (1) mostrar que, na Filosofia das Lógicas, podemos encontrar elementos que revelam uma tensão entre suas primeiras visões “pragmáticas” e suas visões em mudança sobre a natureza da lógica; (2) apresentar algumas hipóteses sobre o papel que Peirce pode ter tido nesta mudança.Metrics
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Publicado
2021-12-31
Como Citar
Nakano, A. L. (2021). A influência do Peirce nas reflexões de Haack sobre a natureza da lógica. Cognitio: Revista De Filosofia, 22(1), e54045. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2021v22i1:e54045
Edição
Seção
Artigos Cognitio
Licença
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