Estrutura, sentido-ingrediente e estratégia assertórica
ouvindo Michael Dummett para interpretar a herança da filosofia de Frege
DOI:
https://doi.org/10.23925/2316-5278.2024v25i1:e66007Palavras-chave:
Asserção, Estrutura, Sentido, Sentido-ingredienteResumo
Neste artigo, revisitaremos uma motivação para considerar as vantagens de uma teoria sobre conteúdos estruturados sobre uma semântica de mundos possíveis. Argumentaremos que uma estrutura representa a organização estratégica do conteúdo de “p” sob condições nas quais afirmá-lo não implica consequências contraditórias. Estas são as condições vencedoras para a asserção de ‘p’. Quando ‘p’ é modalmente sensível – pode alterar os seus parâmetros de sucesso – o conhecimento da estrutura representará o ponto racional para asserções (sobre realidades não actualizadas) que são organizadas para maximizar o que pode ser deduzido de ‘p’. Nestes casos, a estrutura relevante conhecida é intensional. Argumentaremos que a Semântica do Mundo Possível actualista, que procura a conversão do conhecimento intensional numa representação de re de estados possíveis, paga o preço de ficar cega às divergências estruturais; e só consegue explicar muito mal estas divergências estruturais entre estados de informação não reais e correlacioná-las com a divergência entre estratégias vencedoras de afirmação. Nosso argumento começará expondo o legado de Frege; recorrer ao conceito de sentido-ingrediente de Dummett como alternativa ao conhecimento de segundo grau (grade-two) de Kripke; e passar brevemente por uma estratégia semântica de Stalnaker e Thomason para representar asserções modais. Além destes autores exploraremos a contribuição de Russell, Kaplan e Ecthemendy para o nosso argumento.Metrics
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