A imaginação como categoria política

uma investigação a partir de O Homem Despertado, de Roberto Mangabeira Unger

Autores

  • Carlos David Carneiro Bichara Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento – Escola da Câmara

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2025v26i1:e68804

Palavras-chave:

Imaginação, Imaginação Institucional, Política, Pragmatismo, Roberto Mangabeira Unger

Resumo

O conceito de imaginação não tem figurado como categoria de primeira importância para a teoria política enquanto categoria política, onde termos como “poder”, “liberdade”, “justiça” ou mesmo “direitos” costumam receber a maior parte dos nossos esforços e da nossa atenção. Uma exceção notável, embora longe de ser única é o peso atribuído pelo jurista e filósofo Roberto Mangabeira Unger ao conceito. Este artigo discute os usos da ideia de imaginação na obra de Unger, sobretudo em O homem despertado, obra em que o autor explora o pragmatismo “desacorrentado”, ressaltando as consequências dos usos da ideia de imaginação para a teorização acerca da política, bem como limites e possíveis críticas ao autor, como o voluntarismo de sua teoria e sua negligência das relações de poder estabelecidas na sociedade.

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Publicado

2025-02-27

Como Citar

Bichara, C. D. C. (2025). A imaginação como categoria política: uma investigação a partir de O Homem Despertado, de Roberto Mangabeira Unger. Cognitio: Revista De Filosofia, 26(1), e68804. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2025v26i1:e68804

Edição

Seção

Artigos Cognitio