Figuras retóricas para registrar história(s): discursos sobre as mortes por Covid-19 no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1678-460X202339252759Palavras-chave:
Figuras retóricas, metonímia, repetição, imprensa, Covid-19Resumo
Este artigo busca refletir sobre o funcionamento de uma das técnicas retóricas usadas em discursos: as figuras. A abordagem será feita com base em mortes provocadas por Covid-19 no Brasil. Para isso, consideram-se como corpus de estudo duas capas de jornais brasileiros, o carioca O Globo e o paulistano Folha de S. Paulo, mais especificamente as edições que registram quando o país ultrapassou as 100 mil e as 200 mil mortes pelo coronavírus. O objetivo é mostrar o papel argumentativo que a metonímia e a repetição imprimem aos textos em questão. Essas figuras foram relevantes para a composição das duas capas. A de O Globo utiliza fotos de várias pessoas que morreram por causa da doença. A da Folha de S. Paulo reproduziu calçados usados por algumas das vítimas. A análise se fundamenta em pressupostos teóricos de estudiosos da Retórica e da Nova Retórica, especialmente no que diz respeito às figuras retóricas.
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