Do campo ao texto em pesquisas com tradutores e intérpretes de Libras-português: desafios na transcrição de corpora bilíngue intermodal simultâneo
DOI:
https://doi.org/10.1590/1678-460X202339458715Keywords:
transcrição, estudos bakhtinianos, libras, tradução, interpretaçãoAbstract
This article aims to conduct a discussion on corpus transcription involving a visual-gesture language and a vocal-auditory language in enunciative-discursive activities of self-confrontation with intermodal translators and interpreters. The discussion engendered here starts from the Bakhtin Circle's conception of text in dialogue with linguistic, translational and interpretive studies of sign languages. We discuss how the self-confrontation device adopted in research with sign language interpreters and translators allows the appearance of language phenomena such as code-blending (Quadros et al., 2011) and intermodal bilingual citation (Nascimento and Brait, 2021) and it impacts the process of construction of the scientific text, especially the transcription and presentation of the statements produced during the construction of the corpus. We present how the proposal for the transcription of bimodal bilingual utterances constructed in our doctoral thesis (Autor, 2016) was improved in later research (Melo & Autor, 2021; Autor & Nascimento, 2021) to study translation and intermodal interpretation in audiovisual contexts.
References
Amorim, M (2004). O pesquisador e seu outro: Bakhtin nas Ciências Humanas. Musa.
Amorim, M (2009). Freud e a escrita de pesquisa - uma leitura bakhtiniana. Eutomia, 2, 01-14. https://periodicos.ufpe.br/revistas/EUTOMIA/article/view/1787 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Amorim, M. (2008). Cronotopo e Exotopia. In B. Brait (Ed.). Bakhtin: outros conceitos-chave (pp. 95-114). Editora Contexto.
Bakhtin, M. M. (2017). Por uma metodologia das ciências humanas. In M. Bakhtin. Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. (pp. 57-79) Tradução Paulo Bezerra. Editora 34.
Bakhtin, M. M. (2015). Teoria do romance I. A estilística. Tradução Paulo Bezerra. Editora 34.
Bakhtin, M. (2010). O problema do texto na linguística, na filologia e em outras ciências humanas. In M. Bakhtin. Estética da criação verbal (pp. 307-336). Tradução Paulo Bezerra. Martins Fontes.
Bakhtin, M. (2010b). O autor e a personagem na atividade estética. In Estética da Criação Verbal (pp. 3-194). Tradução Paulo Bezerra. Martins Fontes.
Bakhtin, M. (2016). Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio e notas Paulo Bezerra. Editora 34.
Brait, B. (2012). Perspectiva dialógica. In B. Brait, & M. C. Souza-e-Silva (Eds.). Texto ou discurso? (pp. 9-30). Editora Contexto.
Faïta, D., & Maggi, B. (2007). Um débat em alayse du travail: deux méthodes em synergie dans l’étude d’une situation d’enseignement. Octares Éditions.
Faïta, D. (2005). Análise dialógica da atividade profissional. Tradução. Maristela Botelho França, Maria da Glória Correa di Fanti & Adautos Antonio M. Vieira. Imprinta Express.
Faïta, D. (1995). Dialogue entre expert et opérateur: contribuition à la connaissance de l’activité par l’analyse des pratiques langagières. Connexions, 65, 77-98.
Faraco, C. A. (2008). Autor e autoria. In B. Brait (Ed.). Bakhtin: conceitos-chave (pp. 37-60). Editora Contexto.
Farias, A. L. G. (2016). Análise de diálogos de autoconfrontação: relações dialógicas e transformação na atividade linguageira de professores estagiários de francês sobre a sua atividade docente. [Tese de Doutorado]. Universidade Estadual do Ceará.
Flores, V. N. (2006). Entre o dizer e o mostrar: a transcrição como modalidade de enunciação. Organon, 40/41, 61-75. https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/178431/000601529.pdf?sequence=1 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Leite, T. A., Ampessan, J. P, Boldo, J., Tasca Lohn, J., & Azevedo, G. S. O. (2022). Semântica lexical na libras: libertando-se da tirania das glosas. Revista da ABRALIN, 20(2), 1-23. https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1833 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Machado, I. A. (1996). Texto como enunciação. A abordagem de Mikhail Bakhtin. Língua e Literatura, 22, 89-105, Língua e Literatura, 22, 89-105, https://www.revistas.usp.br/linguaeliteratura/article/view/114125 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Marcuschi, L. A. (2001). Da fala para a escrita: atividades de retextualização. Editora Cortez.
McCleary, L. E. (2011). História oral: questões de língua e tecnologia. In R. Santhiago, & V. B. Magalhães (Eds.). Memória e diálogo: Escutas da zona leste, visões sobre a história oral (pp. 93-123). Letra e Voz.
McCleary, L. E., & Viotti, E. (2007). Transcrição de dados de uma língua sinalizada: um estudo piloto da transcrição de narrativas na língua de sinais brasileira (LSB). In H. Salles (Ed.) Bilinguismo e surdez: questões linguísticas e educacionais (pp. 73-96). Cânone Editorial.
Meier, R. P. (2004). Why different, why the same? explaining effects and non-effects of modality upon linguistic structure in sign and speech. In R. P. Meier, R. P., K. Cormier, & D. Quinto-Pozos (Eds.). Modality and structure in signed and spoken languages (pp. 1-25). Cambridge University Press.
Melo, L. M., & Nascimento, V. (2021). Tradução audiovisual do português para a Libras a partir do gênero institucional de divulgação científica. Letras & Letras, 37(2), 271-291. https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/57455/33071 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Moura-Vieira, M. A. (2012). A atividade e o discurso na clínica: uma análise dialógica do trabalho médico. CreatSpace Independet Publishing Platform.
Nascimento, V., & Brait, B. (2021). Citação bilíngue intermodal: o discurso citado no contexto de formação de intérpretes de Libras-português. Letras de Hoje, 56(3), 726-737. https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/40581 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Nascimento, V., & Nascimento, N. (2021). Interpretação do português para a Libras no Programa Roda Viva da TV Cultura: aspectos e estratégias do trabalho em equipe. (Con)Textos Linguísticos, 15(32), 128-148. https://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/article/view/35913 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Nascimento, V. (2017). Janelas de Libras e gêneros do discurso: apontamentos para a formação e atuação de tradutores de língua de sinais. Trabalhos em Linguística Aplicada, 56(2), 461-492. https://doi.org/10.1590/010318138649203273941
Nascimento, M. V. B. (2016). Formação de intérpretes de libras e língua portuguesa: encontros de sujeitos, discursos e saberes. [Tese de Doutorado]. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19562 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Pretti, D. (Ed.). (2003). Interação na fala e na escrita. Humanitas.
Quadros, R. M., Lillo-Martin, D., & Pichler, D. C. (2011). Desenvolvimento Bilíngue Intermodal: Implicações para Educação e Interpretação de Língua de Sinais. In M. C. Mour, S. R. L. Campos, & S. A. A. Vergamini (Eds.). Educação para surdos: práticas e perspectivas II (pp. 1-14). Santos Editora.
Rodrigues, C. H. (2018a). Interpretação simultânea intermodal: sobreposição, performance corporal-visual e direcionalidade inversa. Revista da Anpoll, 1(44), 111-129. https://doi.org/10.18309/anp.v1i44.1146
Rodrigues, C. H. (2018b). Tradução e Língua de Sinais: a modalidade gestual-visual em destaque. Cadernos de Tradução, 38(2), 294-319. https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2018v38n2p294 (Acessado 18 de agosto, 2023)
Rodrigues, C. H., & Beer, H. (2015). Os estudos da tradução e da interpretação de língua de sinais: novo campo disciplinar emergente? Cadernos de Tradução , 35(2), 17-45. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35nesp2p17
Rodrigues; C. H., & Santos, S. A. (2018). A interpretação e a tradução de/para línguas de sinais: contextos de serviços públicos e suas demandas. Tradução em Revista, 24, 1-29. https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/34535/34535.PDF (Acessado 18 de agosto, 2023).
Rubio, C. F., & Souza, J. C. (2021). Perfil sociolinguístico dos surdos de São Carlos: o bilinguismo bimodal Libras/ língua portuguesa. Signótica, 33, 1-33. https://www.revistas.ufg.br/sig/article/view/68412 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Schwartz, Y. (2011). Manifesto por um ergoengajamento. In P. F. Bendassolli, & L. A. P. Soboll (Eds.). Clínicas do trabalho: novas perspectivas para compreensão do trabalho na atualidade (pp. 132-166). Editora Atlas.
Schwartz, Y. (2010). A experiência é formadora? Educação e Realidade, 35(1), 35-48. https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/11030 (Acessado 18 de agosto, 2023).
Vieira, M. A., & Faïta, D. (2003). Quando os outros olham outros de si mesmo: reflexões metodológicas sobre a autoconfrontação cruzada. Polifonia, 7, 27-65. https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/polifonia/article/view/1137 (Acessado 18 de agosto, 2023)
Volóchinóv, V. (2019). Estilística do discurso literário I: O que é a linguagem/língua? (1930). In V. Volóchinóv. (Círculo de Bakhtin). A palavra na vida e a palavra na poesia: ensaios, artigos, resenhas e poemas. Organização, tradução, ensaio introdutório e notas de Sheila Grilo e Ekaterina Vólkova Américo. Editora 34.
Volochínov, V. (2017). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução Sheila Grillo e Ekaterina Vólkva Américo. Editora 34.
Xavier, A. N. (2006). Descrição fonético-fonológica dos sinais da língua de sinais brasileira (libras) [Dissertação de mestrado]. Universidade de São Paulo.