Atenção às queixas escolares na visão de profissionais da atenção primária à saúde no município de Campinas

Autores

  • Alexandre de Paula Sampaio Universidade Estadual de Campinas
  • Irani Rodrigues Maldonade Universidade Estadual de Campinas
  • Maria Fernanda Bagarollo Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i4p667-678

Palavras-chave:

Fonoaudiologia, Atenção Primária à Saúde, Saúde da Criança, Transtornos de Aprendizagem

Resumo

Introdução: As queixas escolares também emergem na atenção primária à saúde. Por isso, uma equipe multiprofissional da secretaria de saúde de um município do interior paulista elaborou um protocolo que rege o encaminhamento de crianças e adolescentes que necessitam de atendimento clínico nessa área. Objetivo: Analisar sob a ótica dos profissionais da atenção primária à saúde como as queixas escolares têm sido acolhidas, incluindo a aplicação do protocolo organizado especificamente para esses encaminhamentos. Método: Estudo qualitativo, para o qual foram selecionadas cinco unidades básicas de saúde do município. Em seguida, distribuídos dez questionários em cada unidade para os profissionais responderem. Esses questionários buscaram identificar a percepção dos profissionais em relação às queixas escolares acolhidas na unidade onde trabalham, além da aplicação do protocolo na rotina de trabalho. Resultados: 27 questionários foram respondidos. O protocolo é preenchido de forma multidisciplinar, pela equipe de saúde e pela escola, oferecendo a oportunidade da criança/adolescente ser avaliada em seus diferentes aspectos e ambientes. Entretanto, a maioria dos profissionais encaram as possíveis alterações no processo de aquisição da leitura e escrita, como de origem orgânica, que coincide com o protocolo, que abre espaço para a proposição de uma causa orgânica para o problema de aprendizagem. Conclusão: É necessária maior compreensão da relação saúde-educação que tem sido estabelecida na atenção primária, e como as queixas escolares têm sido compreendidas, já que neste estudo constatou-se a pouca valorização das relações familiares e sociais para o processo de aquisição da leitura e da escrita.

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Biografia do Autor

Alexandre de Paula Sampaio, Universidade Estadual de Campinas

Fonoaudiólogo residente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e Adolescente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas

Irani Rodrigues Maldonade, Universidade Estadual de Campinas

Fonoaudióloga docente do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas 

Maria Fernanda Bagarollo, Universidade Estadual de Campinas

Fonoaudióloga docente do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas  

Publicado

2018-12-12

Edição

Seção

Artigos