Tradutor e intérprete de Libras
visão de um grupo de professores do Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2021v33i4p639-650Palavras-chave:
Ensino Superior, Educação de Pessoas com Deficiência Auditiva, Tradutor e intérpreteResumo
Objetivo: analisar a visão de um grupo de professores de duas Instituições de Ensino Superior acerca do tradutor e intérprete de Libras (TILS). Método: estudo descritivo, de caráter quantitativo e qualitativo. Foi realizada entrevista semiestruturada junto aos 14 professores que têm alunos surdos em suas turmas. Para análise dos dados foi adotado o método de análise de conteúdo. Os conteúdos foram agrupados em dois eixos temáticos: a) visão de professores acerca do papel do TILS: em relação ao surdo, ao professor e à turma; b) visão de professores quanto à relação entre professor e TILS. Resultados: Todos os participantes afirmaram que compete a tal profissional traduzir as falas do professor para Libras. 57% concebem o processo de tradução para mediar à aprendizagem e 43% para transmitir conteúdo. Na relação com os professores, 71% consideram que o TILS deve adequar-se ao professor e à disciplina, e 29%, que cabe ao TILS orientá-lo quanto ao aluno surdo. Quanto à interação do aluno surdo com outros acadêmicos, 64% consideram que o TILS deve favorecer tal interação, e 29%, que ele não deve intervir nesse aspecto. Conclusão: as parcerias entre TILS e professores do ES ainda se encontram num processo inicial de construção nas IES. As particularidades pertinentes às ações de cada profissional e os pontos de convergência entre as mesmas vêm sendo identificadas. É necessário o implemento de pesquisas, que promovam conhecimentos capazes de subsidiar parcerias entre TILS e professores do ES construídas a partir da troca de conhecimentos e informações acerca dos conteúdos acadêmicos.
Downloads
Metrics
Referências
Ayantoye CA, Lunckner JL. Successful Students who are deaf or hard of hearing and culturally and/or linguistically diverse in inclusive settings. Am Ann Deaf. 2016; 60(5): 453-66.
Brasil. Edital nº 8. Programa Incluir. Diário Oficial da União, n. 126, seção 3. Brasília (DF): Ministério da Educação; 2006.
3 Brasil. Lei nº 14.146, de 06 de julho de 2015. Estatuto da pessoa com deficiência. Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência. Diário Oficial da União. Brasília (DF): Congresso Nacional; 2015.
Brasil. Lei nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016. Altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnicos de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Brasília (DF): Congresso Nacional; 2016.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo demográfico: características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 2015.
Brasil. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília (DF): Congresso Nacional; 2002.
Brasil. Decreto nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Diário Oficial da União. Brasília (DF): Congresso Nacional; 2005.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Sinopse estatística da educação superior. Brasília: INEP; 2017.
Marcon AM. O papel do tradutor/intérprete de Libras na compreensão de conceitos pelo surdo. Rev Revel. 2012; 10(19): 233-49.
Kotaki CS, Lacerda CBF. O intérprete de Libras no contexto da escola inclusiva: focalizando sua atuação na segunda etapa do ensino fundamental. In Santos LF, Lacerda CBF. Tenho um aluno surdo, e agora?: Introdução à Libras e à educação de surdos. São Carlos: EdusfCar; 2014.
Silva DS, Fernandes SF. O tradutor intérprete de língua de sinais (TILS) e a política nacional de educação inclusiva em contextos bilíngues para surdos: um estudo da realidade da rede pública estadual paranaense. Rev Educ Espec. 2018; 31(60): 35-50.
Silva VEC, Jadislene ES. Educação Inclusiva e a importância do intérprete de língua brasileira de sinais nos ambientes educacionais. Rev Revel. 2017; 9(2): 231-9.
Lacerda CBF, Gurgel TMA. Perfil de tradutores-intérpretes de Libras (TILS) que atuam no ensino superior no Brasil. Rev Bras Educ Espec. 2011; 17(3): 481-96.
Silva RQ, Guarinello AC, Martins SESO. O Intérprete de Libras no contexto do Ensino Superior. Rev Teias. 2016; 17(46): 177-90.
Corrêa JRS, Sander RE, Martins SESO. A percepção de universitários sobre a atuação do intérprete de Libras no Ensino Superior. Rev Educ Espec. 2017; 30(58): 529-40.
Napier J, Barker R. Accessing university education: perceptions, preferences, and expectations for interpreting by deaf students. J Deaf Stud Deaf Educ. 2004; 9(2): 228-38.
Knox S. Sign language interpreting in an academic setting. preparation strategies and considerations. J Soc Anthropol Soc Stud. 2006; 3(1): 183-204.
Siqueira VR. (In)congruências sobre o papel do intérprete de Libras entre os participantes do processo de tradução. Rev Educ.2012; 15(19): 151-61.
Gurgel TMA. Práticas e formação de tradutores intérpretes de língua brasileira de sinais no Ensino Superior [Tese]. Piracicaba (SP): Universidade Metodista de Piracicaba; 2006.
Pereira OR. Alunos surdos, intérpretes de Libras e professores: atores em contato na universidade. Cad Educ. 2013; 12(24): 73-96.
Lacerda CBF. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem professores e intérpretes sobre essa experiência. Cad Cedes. 2006; 26(69): 163-84.
Silva KC, Oliveira AAA. O papel do intérprete de Libras no processo de aprendizagem do aluno surdo nos anos iniciais do ensino fundamental. Rev Eventos Pedag. 2014; 5(2): 181-90,
Oliveira WD, Benite AMC. Estudos sobre a relação entre o intérprete de Libras e o professor: implicações para o ensino de ciências. Rev Bras Pesq Educ Ciênc. 2015; 15(3): 597-626.
Lacerda CBF, Bernardino BM. O intérprete de língua brasileira de sinais no contexto da escola inclusiva: focalizando sua atuação na educação infantil. Rev Espaço. 2008; 28: 28-40.
Saviani, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 10. ed. Campinas: Autores Associados, 2008.
Gasparin JL. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados; 2002.
Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.
Lisboa TR. O tradutor e intérprete de Libras e língua portuguesa: visão de um grupo de professores do Ensino Superior [Dissertação]. Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná; 2017.
Caetano JF, Lacerda CBF, Santos LF. Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos. In: Lacerda CBF, Santos LF. Tenho um aluno surdo, e agora?: Introdução à Libras e Educação de surdos. São Carlos: EDUFSCar; 2014.
Berberian AP, Guarinello AC, Eyng DB. Professores ouvintes e intérpretes de Libras: Mediadores-parceiros do processo educacional dos surdos. In: Giroto CRM, Martins SESO, Berberian A P. (Org.). Surdez e educação inclusiva. São Paulo: Cultura Acadêmica; 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Tânia Lisboa, Ana Cristina Guarinello, Israel Bispo dos Santos, Simone Infingardi Kruger, Ana Paula Berberian
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.