Perfil das teses da área da linguagem defendidas por fonoaudiólogos brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i3e54102

Palavras-chave:

Fonoaudiologia, Terapia da linguagem, Fala, Publicações periódicas, Indicadores de produção científica, Formação acadêmica

Resumo

Introdução: Para fortalecer uma profissão é imprescindível a prática vinculada a estudos científicos. Doutorado é o curso de pós-graduação que permite aos profissionais se dedicar a uma pesquisa aprofundada sobre determinado tema com objetivo de solucionar problemas relevantes à sociedade e contribuir com o conhecimento acadêmico e o progresso científico. Objetivo: Caracterizar o perfil dos fonoaudiólogos brasileiros e suas respectivas teses defendidas na área de linguagem entre os anos de 1976 e 2017. Método: Estudo documental retrospectivo do tipo exploratório baseado em análise de banco de dados com informações de diferentes variáveis sobre o perfil do pesquisador e das teses defendidas, a saber: sexo; tempo entre término da graduação e defesa da tese; tipo de instituição em que a tese foi defendida; região geográfica; área de conhecimento estabelecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq; temáticas de acordo com os Comitês da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia-SBFa e quanto aos objetivos e métodos utilizados. Resultados: Dentre as 396 teses analisadas, a maioria dos doutores é do sexo feminino (94%), defendeu sua tese em até 10 anos após a graduação (35%), em instituições públicas (76%), situadas na região Sudeste (67,7%), em programas da área da Linguística, Letras e Artes (42,5%), com temática em Linguagem oral e escrita na infância e adolescência (57,6%), versando sobre avaliação (60,7%). Conclusão: A maioria das teses foi defendida por doutores do sexo feminino em instituições brasileiras e públicas da região Sudeste, abordando temas de linguagem oral e escrita na infância e na adolescência.

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Biografia do Autor

Juliana de Souza Moraes Mori, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fonoaudióloga graduada pela UNESP, Pós-graduada em Psiquiatria Infantil pela Faculdade de Medicina da USP, Pós-graduada em Clínica Interdisciplinar na Primeira Infância pela PUC-SP, Mestre em Fonoaudiologia pela PUC-SP (2011) e Doutoranda em Fonoaudiologia pela PUC-SP

Giséli Pereira de Freitas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Graduada em Fonoaudiologia e com Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de Santa Maria, especialista em Didática do Ensino Superior pela Universidade Nilton Lins e doutoranda na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Pablo Rodrigo Rocha Ferraz, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Graduação em Fonoaudiologia pela Faculdade Santa Terezinha - CEST/MA; Doutorando em Fonoaudiologia - PUC/SP; Mestre em Saúde Materno-Infantil - UFMA; Perito em Voz, Fala e Linguagem pelo MPRJ; Especialista em Voz pelo Centro de Estudos da Voz - CEV/SP e CFFa; Especialista em Motricidade Oral em Oncologia pelo Centro de Tratamento e Pesquisa Hospital do Câncer AC Camargo e em Motricidade Orofacial pelo CFFa; Especialista em Gerontologia pelo IESMA; Aperfeiçoamento em disfagia neurogênica pela Santa Casa de São Paulo; Pós-graduando em Perícia Criminal e Ciências Forenses pelo IPOG

Léslie Piccoloto Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestrado em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é professora titular do Departamento de Teorias e Métodos da Fonoaudiologia e da Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Publicado

2022-12-02

Como Citar

Mori, J. de S. M., de Freitas, G. P., Cunha, M. C., Rocha Ferraz, P. R., & Piccoloto Ferreira, L. (2022). Perfil das teses da área da linguagem defendidas por fonoaudiólogos brasileiros. Distúrbios Da Comunicação, 34(3), e54102. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i3e54102

Edição

Seção

Artigos