Interferência dos sintomas vocais na atuação profissional de professores

Autores

  • Patrícia L. Musial
  • Ana Paula Dassie-Leite
  • Ana Paula Zaboroski
  • Rosana C. Casagrande

Palavras-chave:

voz, disfonia, distúrbios da voz, docentes

Resumo

Introdução: Os sintomas vocais, além de causarem impacto no aspecto pessoal e social, também podem interferir na atuação profissional do professor dificultando a atuação em sala de aula. Objetivo: Investigar a interferência dos sintomas vocais na atuação profissional do professor e a conduta adotada por ele diante da presença de tais sintomas Métodos: Trata-se de estudo transversal, exploratório e descritivo. Foi realizada uma entrevista individual com 23 professores que referiam um ou mais sintomas vocais como rouquidão, dor ao falar, falhas na voz ao final do dia, entre outros. A entrevista teve 39 questões a respeito da interferência desses sintomas nas diferentes esferas da atuação profissional do professor. Os dados foram analisados estatisticamente. Resultados: 87% dos professores (n=20) consideram que o sintoma vocal interfere na atuação em sala de aula (p<0,001). Os tipos de estratégias utilizadas por eles diante da ocorrência dos sintomas vocais foram “necessidade de poupar a voz” (50%; n=10) “necessidade de aumentar o volume da voz” (45%; n=9). Todos os professores (100%; n=23) referiram ter boa relação com colegas, pais, direção e outros professores; 52,2% (n=12) consideram que os sintomas vocais interferem no ensino e aprendizagem, não havendo diferença estatisticamente significante em relação ao grupo que não considera haver interferência nesse processo; 65,2% (n=15) dos professores referiram não faltar ao trabalho devido aos sintomas vocais, com diferença estatisticamente significante em relação aos professores que referiram ter que se ausentar da sala de aula por esse mesmo motivo. Conclusão: Sintomas vocais interferem na atuação profissional de professores devido à necessidade de modificações/adaptações de estratégias em sala de aula. No entanto, tais sintomas parecem não interferir nas relações interpessoais do professor no trabalho. Observa-se que os professores possuem pouca percepção a respeito da interferência dos sintomas vocais no aprendizado do aluno.

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Biografia do Autor

Patrícia L. Musial

Fonoaudióloga.

Ana Paula Dassie-Leite

Docente do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO-PR.

Ana Paula Zaboroski

Fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Educação de Rio Azul – PR; Fonoaudióloga clínica do consultório médico Cirurgia e Diagnóstico em Otorrinolaringologia de Irati – PR (CDOI).

Rosana C. Casagrande

Fonoaudióloga; Psicopedagoga, Mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa

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