<b>Clube da Luta: fábula anarquista pós-moderna sobre a dialética entre a civilização e a barbárie </b>

Autores

  • Gláucia Costa de Castro Pimentel

Resumo

O artigo tem como objetivo discutir o filme Clube da Luta entendendo-o como um manifesto político. A obra, ao tematizar o mundo do trabalho e do consumo nos dias atuais, explora o universo da violência como campo de fuga possível. Conceitos como civilização e barbárie e suas formas de inscrição sobre o corpo apresentam-se como vias de acesso para a leitura da obra, problematizando a construção de subjetividades contemporâneas. Parte-se da perspectiva de que democracia e seus controles acabam por produzir subjetividades esquizofrênicas como reflexo do projeto social considerado civilizatório. Com o fim do lastro ético aristotélico (a polis como fim último de todo projeto organizacional), considera-se a produção de forças em descontrole rumo ao caos tratada no filme como saída possível, não como tragédia ou farsa, mas como possibilidade de inominável vigor. Palavras-chave: cinema e política; civilização e barbárie; conflito; globalização e trabalho Abstract: Fight Club: an anarchic post-modern fable about the dialectics between civilization and barbarism — This paper discusses the movie Fight Club, which is seen as a political manifesto. By theming today’s world of work and consumerism, the movie explores the universe of violence as a possible escape route. Concepts such as civilization and barbarism and their forms of inscription on the body offer routes of access for interpreting the work, questioning the construction of contemporaneous subjectivities. We start from the premise that democracy and its controls end up by producing schizophrenic subjectivities as a reflection of the social project that is seen as civilizing. Devoid of the ballast of Aristotelian ethics (the polis — or sense of community — as the ultimate purpose of every organizational project), we consider the production of uncontrolled forces heading toward chaos, as depicted in the movie, as a possible way out, not as a tragedy or farce but as a possibility of actions of indescribable vigor. Keywords: cinema and politics; civilization and barbarism; conflict; globalization and work

Metrics

PDF views
1,031
Jan 2008Jul 2008Jan 2009Jul 2009Jan 2010Jul 2010Jan 2011Jul 2011Jan 2012Jul 2012Jan 2013Jul 2013Jan 2014Jul 2014Jan 2015Jul 2015Jan 2016Jul 2016Jan 2017Jul 2017Jan 2018Jul 2018Jan 2019Jul 2019Jan 2020Jul 2020Jan 2021Jul 2021Jan 2022Jul 2022Jan 2023Jul 2023Jan 2024Jul 2024Jan 2025Jul 2025Jan 202681
|

Downloads

Publicado

2007-09-13

Edição

Seção

Dossiê | Dossier