Sumário | Editorial
Resumo
O dossiê do presente volume, “Expressão visual e audiovisual nas mídias”, apresenta três leituras sobre as relações de proximidade e diferença entre a criação de signos visuais e/ou audiovisuais e o mundo a que se referem.
Marcius Freire discute, no documentário contemporâneo, as variações da alteridade das pessoas filmadas diante dos possíveis movimentos de câmera, próprios da história do gênero, das quais decorrem problemas éticos e estéticos. Ronaldo Entler desdobra uma espécie de classificação das possibilidades de representação do tempo na imagem fotográfica, dada a obviedade técnica do enquadramento espacial feito pelo corte.
Regina Rossetti e João Batista Freitas Cardoso mostram, a partir das noções de “imagem” em Bergson e de “movimento” em Platão, como todo processo cinematográfico de produção e recepção audiovisual quer tornar estável a instabilidade móvel das coisas da chamada realidade. Os artigos estão aqui alinhados segundo sua proximidade temática.
Ana Claudia de Oliveira e Fernando Resende tratam, respectivamente, da identidade e da diferença na produção jornalística, a primeira fazendo uso de uma “semiótica das situações”, que evidencia a categoria do sensível na mídia impressa, o segundo considerando as modificações do discurso do jornal diante das novas tecnologias das ditas sociedades globalizadas.
Fabrício Silveira, Lourdes Gabrielli, Tânia Hoff e Mayra Rodrigues Gomes examinam nexos distintos entre corpo, mídia e espaços urbanos: Fabrício discorre sobre as extensões tecnológicas do grafite; Lourdes e Tânia, sobre as imagens do corpo no esporte; e Mayra, sobre as linguagens censuradas no teatro.
Seguem-se dois textos de aprofundamento teórico sobre autores específicos: Márcio Souza Gonçalves e Ericson Saint Clair debatem o conceito de época no pensamento de Gabriel Tarde; João Queirós o de “artefatos semióticos” em Andy Clark, via C. S. Peirce.
A seção de resenhas contempla três livros. Rose de Melo Rocha comenta Imagens da cidade, organizado por Ângela Prysthon, em que se expõem as articulações entre mídias e espaços urbanos.
Erik Felinto resenha A dromocracia cibercultural: lógica da vida humana na civilização mediática, de Eugênio Trivinho, em que se aborda o esvaziamento político derivado da velocidade e da aceleração na cultura das tecnologias digitais.
Cíntia San Martin Fernandes e Cristiano Roque Antunes Barreira, por fim, resenham O ritmo da vida, de Michel Maffesoli, uma retomada do vitalismo sensível e corpóreo.
Amálio Pinheiro Comissão Editorial
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