ESTATUTO PARADOXAL DA PELE E CULTURA CONTEMPORÂNEA: da porosidade à pele-teflon

Autores

  • Maria Cristina Franco Ferraz Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ)

Palavras-chave:

Paradoxos da pele, Espetáculo e consumo, Pornografia e erotismo

Resumo

A exploração do estatuto paradoxal da pele - interface dentro/fora - permite ultrapassar a dicotomia metafísica superfície/profundidade, problematizando a tendência atual, também expressa na teoria, a um elogio das superfícies e a um horror por oposições dicotômicas. Possibilta avaliar as implicações do fechamento da porosidade da pele em formas de sociabilidade estimuladas na cultura da imagem, da exibição, do espetáculo, bem expressas pelo material inorgânico teflon. Sendo Poros, na visão grega, pai de Eros, a investigação acerca do estatuto paradoxal da pele convida a uma retomada do tema do erotismo. Partindo de perspectivas oferecidas por Agamben acerca da pornografia, ligada ao valor de exibição nas sociedades de espetáculo e de consumo, e relacionando-as a diversas reflexões de José Gil acerca do corpo e da pele, discute-se e convoca-se a abertura da porosidade da pele.

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Biografia do Autor

Maria Cristina Franco Ferraz, Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ)

Maria Cristina Franco Ferraz é Professora Titular de Teoria da Comunicação da UFF (aposentada) e da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ativa), pesquisadora do CNPq, doutora em Filosofia pela Universidade de Paris I - Sorbonne (1992), com três estágios de pós-doutoramento em Berlim (Instituto Max Planck de História da Ciência, em 2004, e Centro de Pesquisa em Literatura e Cultura, em 2007 e 2010). Coordenou na UFF o Doutorado Internacional Erasmus Mundus “Cultural Studies in Literary Interzones”. Publicou os seguintes livros: Nietzsche, o bufão dos deuses (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994/Ediouro: 2009 e Paris: Harmattan, 1998), Platão: as artimanhas do fingimento (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999/Ediouro: 2009 e Lisboa: Nova Vega, 2010), Nove variações sobre temas nietzschianos (Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002) e Homo deletabilis - corpo, percepção, esquecimento: do século XIX ao XXI - (Rio de Janeiro: Garamond, 2010). Já foi professora visitante em diversas universidades estrangeiras, nos EUA e Europa,.

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Publicado

2014-06-06

Edição

Seção

Artigos | Articles