A política como (des)construção de sujeitos: desencaixes e rearticulações identitárias em protestos multitudinários contemporâneos
Palavras-chave:
Sujeito político, desidentificação, protestos multitudináriosResumo
Este artigo busca pensar a política a partir de processos de constituição de sujeitos, em uma sistematização que abrange dimensões éticas, estéticas, comunicacionais e políticas dos modos de agência dos indivíduos. Interessa-nos contestar concepções que entendem o sujeito como constituído anteriormente à luta política ou como irrelevante para a compreensão dessa luta. Na abordagem aqui delineada, a política (assim como suas descontinuidades e rupturas) emerge no próprio processo de desconstrução/deslocamento de sujeitos. Para fazer tal discussão, o texto relê, criticamente, quatro propostas distintas no âmbito da teoria política contemporânea em sua interface com a comunicação: (1) as discussões de Laclau e Mouffe sobre o conceito de articulação; (2) os debates sobre desidenti cação e subjetivação em Jacques Rancière; (3) a discussão de Judith Butler sobre sujeito; e (4) a crítica de Patchen Markell à teoria do reconhecimento a partir da defesa da precedência da ação sobre as identidades. Na sequência, a ideia fundamental a atravessar esses autores e autoras será mobilizada em uma breve ilustração de seu potencial heurístico para a leitura de fenômenos empíricos. Abordaremos como essa atenção à desconstrução de sujeitos políticos joga luzes importantes sobre protestos multitudinários contemporâneos.
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