Potências do vazio: o vídeo entre o niilismo e a transfiguração
Resumo
Desde suas primeiras experiências na década de 60, o vídeo se caracteriza por flertar com o vazio e com o silêncio, por nos oferecer obras nas quais as imagens aparecem como rascunho ou um balbucio, como algo ainda por vir, trabalhos que resistem à interpretação, que parecem beirar, muitas vezes, o nonsense cabal. O intuito desse texto é mostrar que para além da pura negatividade ou de um gesto niilista ingênuo, existe na arte do vídeo uma proposta radical, uma poética anti-hermenêutica que propõe uma nova forma de lidarmos com as imagens e com o mundo, de estar-no-mundo – um modo em que a razão e busca de sentidos se vêem substituídas por uma percepção mais corporalizada e sensorial; onde estar no mundo significa muito mais sentir a presença e a materialidade das coisas, do que propriamente interpretá-las.Metrics
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Publicado
2011-07-13
Edição
Seção
Dossiê | Dossier
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