Potências do vazio: o vídeo entre o niilismo e a transfiguração

Autores

  • Osmar Gonçalves Reis Filho Universidade Federal do Ceará-UFC

Resumo

Desde suas primeiras experiências na década de 60, o vídeo se caracteriza por flertar com o vazio e com o silêncio, por nos oferecer obras nas quais as imagens aparecem como rascunho ou um balbucio, como algo ainda por vir, trabalhos que resistem à interpretação, que parecem beirar, muitas vezes, o nonsense cabal. O intuito desse texto é mostrar que para além da pura negatividade ou de um gesto niilista ingênuo, existe na arte do vídeo uma proposta radical, uma poética anti-hermenêutica que propõe uma nova forma de lidarmos com as imagens e com o mundo, de estar-no-mundo – um modo em que a razão e busca de sentidos se vêem substituídas por uma percepção mais corporalizada e sensorial; onde estar no mundo significa muito mais sentir a presença e a materialidade das coisas, do que propriamente interpretá-las.

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Biografia do Autor

Osmar Gonçalves Reis Filho, Universidade Federal do Ceará-UFC

Osmar Gonçalves é professor do curso de cinema e audiovisual da UFC. Pesquisador e fotógrafo, concentra-se nas áreas da teoria da imagem, semiótica e estética do audiovisual. Possui mestrado em Comunicação e Linguagens pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (2003). Doutor pela mesma instituição, concluiu em 2009 o estágio de doutorado na Bauhaus Universität-Weimar (Alemanha), com bolsa DAAD-CAPES. Leciona desde 2001 em cursos de graduação e pós-graduação, tendo passagens por diversas universidades como a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Belo Horizonte), o Centro Universitário UNA (Belo Horizonte) e a FUNORTE (Montes Claros).

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Publicado

2011-07-13

Edição

Seção

Dossiê | Dossier