O problema conceitual em algumas histórias em quadrinhos abstratas

reflexões e críticas

Autores

Palavras-chave:

histórias em quadrinhos abstratas, non sequitur, artrologia das imagens, narratividade

Resumo

Este artigo trata de uma questão ontológica para os estudos das histórias em quadrinhos contemporâneas, a saber, aquelas obras que são denominadas amplamente de histórias em quadrinhos abstratas ou abstract comics. Para tanto, faremos uma reflexão sobre este tipo de produção tendo como principal premissa que alguns desses trabalhos não podem ser enquadrados como HQs mesmo se levarmos em consideração as citações, presentes em algumas dessas obras, recorrentes da linguagem das histórias quadrinhos: balões, requadros, sarjetas e onomatopeias e outros. Socialmente há também o rótulo midiático - Quadrinhos Abstratos -  que seus produtores, críticos e público deram para essas criações artísticas de maneira indiscriminada e que colabora com a problemática. Para sustentar nossas argumentações usaremos, entre outros autores, Pierre Fresnault-Deruelle (1976), Scott McCloud (1995) e Thierry Groesnteen (2013) que sustentam a ideia que as HQs precisam mais do que uma mera justaposição ou sobreposição das matérias verbais e visuais para serem denominadas de histórias em quadrinhos. Segundo estes autores, estas dimensões (visuais e/ou verbais) precisam ser minimamente articuladas para a produção de um sentido narrativo como HQs - base da legitimação sob a qual sustentamos.    

Biografia do Autor

Andre Luiz Souza da Silva (Betonnasi), Universidade do Estado da Bahia

É Pós-Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Estado de São Paulo - USP (2018). Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (2010). Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA (2006). Especialista em Metodologia de Pesquisa e Extensão em Educação pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB (2003). Graduado em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual pela UNEB (2001). Professor Titular do curso de Desenho Industrial/Design da UNEB. Professor permanente do Mestrado Profissional Gestão e Tecnologia Aplicada à Educação - GESTEC/UNEB (2012). Coordenador do NDE - Núcleo Docente Estruturante dos cursos de Design/Desenho Industrial da UNEB (2015-2017). Coordenador do Curso de Design da UNEB (2017-2018). Coordenador do Laboratório de História em Quadrinhos, Ilustrações e Animações da UNEB (2009). Co-Coordenador do K-Lab/Kimera da UNEB (2016-2017). Líder do grupo de pesquisa Pop Cult - UNEB (2018). Pesquisador na área de Comunicação e Cultura, com ênfase nos aspectos narrativos das histórias em quadrinhos. Atua como pesquisador nos seguintes temas: Games, Histórias em Quadrinhos, Narrativas Visuais (Fotografia e Quadrinhos), Narrativas Transmidiáticas, Texto/Imagem, Sintaxe Visual, Mangá, Tipicidade do Herói e Mito.

 

Danilo Andrade Bittencourt, Universidade do Estado da Bahia

É Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bacharel em Design de Produto pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) com experiência em Iniciação Cientifica e Monitoria de Ensino. Pesquisador inserido nos campos da Estética, da Comunicação e do Design; atua na investigação das histórias em quadrinhos, da cultura pop japonesa, do grotesco e do gênero horror, abordando-os a partir dos métodos da estética da recepção, da narratologia e da sintaxe visual. Membro do Grupo de Pesquisa Recepção e Crítica da Imagem (GRIM) na Universidade Federal da Bahia e do Grupo de Pesquisa Narrativas Ficcionais em Design, Educação e Cultura Pop (Pop Cult) na Universidade do Estado da Bahia.

 

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Publicado

2025-10-01

Como Citar

Luiz Souza da Silva (Betonnasi), A., & Andrade Bittencourt, D. (2025). O problema conceitual em algumas histórias em quadrinhos abstratas: reflexões e críticas. GALÁxIA. Revista Interdisciplinar De Comunicação E Cultura, 50(1), e67476. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/67476

Edição

v. 50 n. 1 (2025): Galáxia volume 50

Seção

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