TRANSLOCALIDADE, REPERTÓRIOS E INDEXICALIDADE: EFEITOS CONSTITUTIVOS DO DISCURSO CONTEMPORÂNEO EM ESPAÇOS DIGITAIS SUPERDIVERSOS
Palabras clave:
translocalidade, indexicalidade, discursos superdiversos, contexto digital.Resumen
Neste artigo discutimos como os diferentes encontros com a língua nos levam a diferentes níveis de conhecimento/reconhecimento linguístico travestidos em repertórios linguísticos superdiversos. Nesse sentido, apoiamo-nos na discussão de Blommaert (2010, 2013, 2015); Blommaert & Backus (2012); Silverstein (1985) e Vertovec (2007), sobre como os repertórios linguísticos, de contextos superdiversos, estão ideologicamente carregados de características semióticas; de valores implícitos de identidade e poder que geram níveis de indexicalidade, marcas deixadas das interações com as linguagens que determinam sentimentos de pertença, cultura, identidade e papéis na sociedade. Ao discutirmos esses esquemas sócio-históricos de atividades humanas situadas, atentamo-nos para as interações da vida social em sua historicidade, buscando interpretações locais dessas atividades, baseadas em uma visão translocal atribuídas de gênero, manipulação, poder, posições ideológicas e identidade. Para esta discussão, buscamos em interações on-line de jornais digitais no Brasil, entender como repertórios linguísticos/discursos superdiversos de representantes de Estado (Donald Trump, Marine Le Pen e Jair Bolsonaro) de uma cultura ideológica específica, mediada em situações de interesse humano, indexicalizam os repertórios linguísticos/discursos locais, ou seja, deixam marcas de sentimentos de pertença, cultura, identidade em nosso contexto brasileiro.