Humor contra o fim do mundo:

o tempo para pensar o ser e suas experiências

Resumen

Resumo: O presente artigo busca demonstrar como alguns sintomas culturais apontam para uma espécie de esperança revelada no “fim do mundo”. Por meio do humor como expressão da prevalência e indestrutibilidade do ego, faz-se uma relação com as pequenas sobrevivências das experiências humanas em meio ao caos e ao discurso fragmentado de nossa sociedade contemporânea, apressada, volátil, hiperconectada. A relação estabelece-se a partir da música It’s The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine), da banda R.E.M., que viu uma subida considerável nos serviços de streaming no início de 2020, momento em que se estabelecia a pandemia mundial de covid-19.

Para trazer tais paralelos, dialoga-se com autores como Freud, Didi-Huberman, Marcondes Filho e Heidegger, pontuando o paradoxo de se falar no fim do mundo a partir do humor e da necessidade de tempo, o que pode ser visto como forma de sobrevivência das pequenas experiências, uma voz de resistência, rindo-se do mundo e de seus perigos enfrentados pela nossa fragilidade humana.

Palavras-chave: fim do mundo; experiências humanas; humor; sobrevivência; tempo.