Coronelismo sem sujeito: ilegalismos coloniais e concentração de poder
Palabras clave:
ilegalismos, Michel Foucault, colonização, coronelismo, Victor Nunes LealResumen
No curso Em defesa da sociedade, Foucault aborda o trânsito entre políticas que, inventadas nas colônias, retornam à Europa, no que ele chama de “colonialismo interno”. Graham faz disso uma imagem pela qual trata da crescente militarização das grandes capitais do mundo segundo o modelo da ocupação colonial. Mas o que retorna das periferias para os grandes centros mundiais não é apenas militarização, mas um conjunto de relações que escapam às leis e à dimensão oficial, a que Foucault dera o nome de ilegalismos. Embora ele nunca tenha analisado o jogo destas relações entre centro e periferia, estas táticas de contornamento das normas aparecem como matéria de certa tradição crítica brasileira cuja acuidade analítica vamos retomar.
DOI:
Citas
AMICCELLE, A.; NAGELS, C. (org.) (2018). “Les arbitres de l’illégalisme: nouveau regards sur les manières de faire du contrôle social”. Champ penal / Penal field. Paris, vol. XV. Disponível em: http://journals.openedition.org/champpenal/9774. Acesso em: 14 dez 2023.
ARANTES, P. (2004). “Fratura brasileira do mundo”. In: ARANTES, P. Zero à esquerda. São Paulo, Conrad.
BROWN, W. (2009). Murs: Les murs de séparation et le déclin de la souveraineté étatique. Paris, Les Prairies Ordinaires.
CARNEIRO, S. (2023). Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. São Paulo, Zahar.
CARVALHO, J.M. (2012). “Prefácio”. In: LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo, Cia das Letras.
CHALHOUB, S. (2012). A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo, Companhia das Letras.
DAS, V.; POOLE, D. (org.) (2004). Anthropology in the margins of the State. Santa Fe, School of American Research Press.
GRAHAM, S. (2016). Cidades sitiadas: o novo urbanismo militar. São Paulo, Boitempo.
FOUCAULT, M. (2015). Sociedade Punitiva: curso do Collège de France (1972-1973), São Paulo, WMF Martins Fontes.
FOUCAULT, M. (2010). “Aula de 4 de fevereiro de 1976”, In: FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo, WMF Martins Fontes.
FOUCAULT, M. (2000). Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis, Editora Vozes.
KLEIN, N. (2008). Doutrina do Choque: A ascensão do capitalismo de desastre. São Paulo, Nova Fronteira.
LEAL, V. N. (2012). Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo, Cia das Letras.
MAGALHÃES JR; HIRATA, D. (2017). Governar pela crítica: O reformismo carcerário em Vigiar e Punir. Dilemas: Revista de Estudos de Conflitos e Controle Social. Especial 2 – ‘40 anos de Vigiar e punir: o ronco surdo da batalha’. Rio de Janeiro, n. 2, pp. 67-83. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/14203. Acesso em: 14 dez 2023.
MARQUESE, R.; PARRON, T. (2011). Internacional escravista: a política da Segunda Escravidão. Topoi, v. 12, n. 23, jul-dez, pp. 97-117. Disponível em: https://www.scielo.br/j/topoi/a/WrGBYmrDBXfPS3S4HTr558L/. Acesso: 14 dez 2023.
MISSE, M. (1997). As ligações perigosas: mercado informal ilegal, narcotráfico e violência no Rio. Revista Contemporaneidade e educação. Rio de Janeiro, ano II, n.1, pp. 93-116.
PRADO JR., C. (1994). Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo, Brasiliense.
RIZEK, C. (2012). Trabalho, moradia e cidade. Zonas de indiferenciação? Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, vol 27, n. 78. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/QJj9jwcRBCbJsgmnKMfFqVq/. Acesso em: 14 dez 2023.
SCHWARZ, R. (2019a). “Cuidado com as ideologias alienígenas”. In: SCHWARZ, R. Seja como for: entrevistas, retratos e documentos. São Paulo, Duas Cidades/Editora 34. (Coleção Espírito Crítico)
SCHWARZ, R. (2019b). “Encontros com a Civilização Brasileira”. In: SCHWARZ, R. Seja como for: entrevistas, retratos e documentos. São Paulo, Duas Cidades/Editora 34. (Coleção Espírito Crítico)
SCHWARZ, R. (2019c). “Que horas são?”. In: SCHWARZ, R. Seja como for: entrevistas, retratos e documentos. São Paulo, Duas Cidades/Editora 34. (Coleção Espírito Crítico)
SOUZA, L. M. (2017). Os desclassificados do ouro: A pobreza mineira no século XVIII. São Paulo, Ouro Sobre Azul.
SOUZA, L. M. (1999). Norma e conflito: aspectos da História de Minas do século XVIII. Belo Horizonte, Ed. UFMG.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 José César de Magalhães Júnior Magalhães Júnior
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
La revista no puede pagar derechos de autor o distribuir reimpresiones.
El Instrumento Privado de Autorización y Asignación de Derechos de Autor, fechado y firmado por el (los) autor (es), debe transferirse en el paso 4 de la presentación (Transferencia de documentos complementarios). En caso de duda, consulte el Manual de envío del autor.
El contenido del texto es de responsabilidad del autor (es).