Qualis: A1 |
Área do conhecimento: Planejamento Urbano e Regional / Demografia |
Cadernos Metrópole nº 58: Crise climática, cidades e reforma urbana
Os Editores Científicos e a Comissão Editorial da revista Cadernos Metrópole convidam para a organização do v. 25, nº 58 os pesquisadores das diversas áreas de conhecimento, que abordam a questão urbana e regional, a enviarem textos sobre o tema
Crise climática, cidades e reforma urbana
Organizadoras: Ana Lúcia Britto e Zoraide Souza Pessoa
Entre os problemas ambientais mais preocupantes, está a crise climática global em curso, cujos desafios recaem sobre os territórios urbanos de forma intensa, requerendo respostas urgentes. No contexto atual, as cidades são o principal lócus da manifestação do agravamento das condições de suscetibilidades às ameaças dos riscos climáticos. Globalmente, as cidades são as principais fontes de gases de efeito estufa (GEEs), e sua alta densidade populacional, estruturas desiguais e ecossistemas naturais sensíveis tornam-nas potenciais focos de vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas, como inundações, enchentes, secas, ondas de calor, entre outros eventos extremos climáticos. O problema afeta todas as cidades, mas é potencialmente grave nos países do Sul Global e, particularmente, no Brasil, onde as desigualdades, a injustiça socioambiental e a ausência de uma reforma urbana efetiva são marcantes. As ações de combate às alterações climáticas nas cidades devem se assentar numa abordagem dupla de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, ou seja: de mitigação das alterações climáticas, com vista à redução das emissões de gases de efeito estufa; e adaptação às mudanças climáticas, visando a reduzir a vulnerabilidade dos impactos por elas induzidos. As políticas de mitigação e adaptação mais adequadas podem diferir muito de um lugar para outro e devem estar incorporadas no planejamento territorial. No contexto brasileiro, a perspectiva de mitigação, voltada para a redução dos gases dos efeitos estufa, não foi efetivamente incorporada nas agendas urbanas. Tal aspecto é evidente, diante dos eventos de chuvas extremas recentes em diferentes cidades do País, com consequências desastrosas, sobretudo para os mais vulneráveis. Esses eventos demonstram como as cidades estão pouco preparadas para lidar com a crise climática, revelando graves situações que podem ser qualificadas de injustiça climática. Entende-se que as políticas de adaptação devem necessariamente estar associadas a uma reforma urbana que permita um bem-estar urbano para todos, viabilizando acesso a moradia, serviços e recursos básicos existentes na cidade, mas que também estejam integradas a mudanças comportamentais de viver e ao consumo urbano. Elas devem ser associadas a estratégias de planejamento e de governança urbana, ambiental e climática, orientadas pela justiça ambiental, que promovam dinâmicas sustentáveis de reprodução das cidades e reforcem a sua capacidade de resiliência.
Diante desse contexto, iremos, nesta chamada, privilegiar a seleção de artigos que possam discutir a crise socioambiental e climática global e os seus reflexos para as cidades e sua interface com o debate da reforma urbana em perspectiva crítica, aplicada e de casos. Serão consideradas proposições teóricas discursivas, assim como também serão considerados estudos aplicados que reflitam diretamente sobre as temáticas desta chamada.
data-limite para envio dos trabalhos: 15 DE DEZEMBRO DE 2022
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
ESCOPO E POLÍTICA EDITORIAL
A revista Cadernos Metrópole, de periodicidade quadrimestral, tem como enfoque o debate de questões ligadas aos processos de urbanização e à questão urbana, nas diferentes formas que assume na realidade contemporânea. Trata-se de periódico dirigido à comunidade acadêmica em geral, especialmente, às áreas de Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Geografia, Demografia e Ciências Sociais.
A revista publica textos de pesquisadores e estudiosos da temática urbana, que dialogam com o debate sobre os efeitos das transformações socioespaciais no condicionamento do sistema político-institucional das cidades e os desafios colocados à adoção de modelos de gestão baseados na governança urbana. A revista não publica texto de graduandos.
A revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
A revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A revista não aplica taxas de submissão, publicação ou de qualquer outra natureza em seus processos, sendo um veículo científico voltado à comunidade científica brasileira.
CHAMADA DE TRABALHOS
A revista Cadernos Metrópole é composta de um núcleo temático, com chamada de trabalho específica, e um de temas livres relacionados às áreas citadas. Os textos temáticos deverão ser encaminhados dentro do prazo estabelecido e deverão atender aos requisitos exigidos na chamada, os textos livres terão fluxo contínuo de recebimento.
Os artigos podem ser redigidos em língua portuguesa, espanhola, inglesa ou francesa.
Os trabalhos submetidos à Cadernos Metrópole devem ser enviados pelo link https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/about/submissions.
Os artigos NÃO devem conter nenhum tipo de identificação do(s) autor(es).
A revista não aceitará artigos assinados por mais de 3 autores.
A revista não publica artigos de autoria ou coautoria de graduandos. Se necessário, serão citados como "colaboradores" em nota ao final do texto.
É imprescindível o envio do Instrumento Particular de Autorização e Cessão de Direitos Autorais, datado e assinado pelo(s) autor(es), que deve ser anexado no passo 4 da submissão.
Os textos serão publicados no idioma original e em inglês. A qualidade e os custos da tradução serão de inteira responsabilidade dos autores.
AVALIAÇÃO DOS ARTIGOS
Os artigos recebidos para publicação deverão ser inéditos e serão submetidos à apreciação dos membros do Conselho Editorial e de consultores ad hoc para emissão de pareceres. Os artigos receberão duas avaliações e, se necessário, uma terceira. Será respeitado o anonimato tanto dos autores quanto dos pareceristas.
Caberá aos Editores Científicos e à Comissão Editorial a seleção final dos textos recomendados para publicação pelos pareceristas, levando-se em conta sua consistência acadêmico-científica, clareza de ideias, relevância, originalidade e oportunidade do tema.
Os textos aprovados pelos pareceristas, mas não selecionados para publicação na edição para a qual foram submetidos, serão apresentados aos organizadores das edições seguintes visando sua publicação na seção Textos Complementares.
COMUNICAÇÃO COM OS AUTORES
Os autores serão comunicados por email da decisão final, sendo que a revista não se compromete a devolver os originais não publicados.
OS DIREITOS DO AUTOR
A revista não tem condições de pagar direitos autorais nem de distribuir separatas.
O Instrumento Particular de Autorização e Cessão de Direitos Autorais, datado e assinado pelo(s) autor(es), deve ser enviado juntamente com o artigo.
O conteúdo do texto é de responsabilidade do(s) autor(es).
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS
Os trabalhos devem ser apresentados, nessa ordem:
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título, de 12 palavras no máximo, em português, ou na língua em que o artigo foi escrito, e em inglês;
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resumo/abstract de, no máximo, 120 (cento e vinte) palavras em português ou na língua em que o artigo foi escrito e outro em inglês, com indicação de 3 a 5 palavras-chave em português, ou na língua em que o artigo foi escrito, e em inglês;
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texto, digitado em Word, espaço 1,5, fonte Arial tamanho 11, margem 2,5, tendo 20 a 25 páginas, incluindo tabelas, gráficos, figuras, referências bibliográficas; as imagens devem ser em formato JPG, com resolução mínima de 300 dpi e largura máxima de 13 cm;
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subtítulos, de, no máximo, 6 palavras;
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referências bibliográficas, seguindo rigorosamente as seguintes instruções:
Livros
AUTOR ou ORGANIZADOR (org.) (ano de publicação). Título do livro. Cidade de edição, Editora.
Exemplo:
CASTELLS, M. (1983). A questão urbana. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
Capítulos de livros
AUTOR DO CAPÍTULO (ano de publicação). “Título do capítulo”. In: AUTOR DO LIVRO ou ORGANIZADOR (org.). Título do livro. Cidade de edição, Editora.
Exemplo:
BRANDÃO, M. D. de A. (1981). “O último dia da criação: mercado, propriedade e uso do solo em Salvador”. In: VALLADARES, L. do P. (org.). Habitação em questão. Rio de Janeiro, Zahar.
Artigos de periódicos
AUTOR DO ARTIGO (ano de publicação). Título do artigo. Título do periódico. Cidade, volume do periódico, número do periódico, páginas inicial e final do artigo.
Exemplo:
TOURAINE, A. (2006). Na fronteira dos movimentos sociais. Sociedade e Estado. Dossiê movimentos sociais. Brasília, v. 21, n.1, pp. 17-28.
Trabalhos apresentados em eventos científicos
AUTOR DO TRABALHO (ano de publicação). Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, número, ano, local de realização. Título da publicação. Cidade, Editora, páginas inicial e final.
Exemplo:
SALGADO, M. A. (1996). Políticas sociais na perspectiva da sociedade civil: mecanismos de controle social, monitoramento e execução, parceiras e financiamento. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENVELHECIMENTO POPULACIONAL: UMA AGENDA PARA O FINAL DO SÉCULO. Anais. Brasília, MPAS/SAS, pp. 193-207.
Teses, dissertações e monografias
AUTOR (ano de publicação). Título. Tese de doutorado ou Dissertação de mestrado. Cidade, Instituição.
Exemplo:
FUJIMOTO, N. (1994). A produção monopolista do espaço urbano e a desconcentração do terciário de gestão na cidade de São Paulo. O caso da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Dissertação de mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo.
Textos retirados de Internet
AUTOR (ano de publicação). Título do texto. Disponível em. Data de acesso.
Exemplo:
FERREIRA, J. S. W. (2005). A cidade para poucos: breve história da propriedade urbana no Brasil. Disponível em: http://www.usp.br/fau/depprojeto/labhab/index.html. Acesso em: 8 set 2005.