Gouvernance climatique : défi pour les régions métropolitaines brésiliennes

Auteurs-es

  • Mônica de Carvalho Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Sociais, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais. São Paulo, SP/Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2391-6735
  • Filipe Souza Corrêa Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano e Regional, Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional. Rio de Janeiro, RJ/Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2045-9682
  • Rogerio Palhares Zschaber de Araújo Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura, Departamento de Urbanismo. Belo Horizonte, MG/Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2965-6372

DOI :

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2023-5802

Mots-clés :

capacidade adaptativa institucional, governança adaptativa, plano de ação climática, recursos fiscais, regiões metropolitanas brasileiras

Résumé

L'objet de cet article est de discuter théoriquement la dimension institutionnelle du concept de capacité d'adaptation. Nous discutons des exemples de cette dimension institutionnelle à partir de l'analyse des limites de mise en œuvre de la gouvernance climatique dans les métropoles brésiliennes, en fonction : i) des ressources financières disponibles pour la gestion environnementale des municipalités appartenant aux MR ; ii) la création d'un dispositif institutionnel de gouvernance climatique dans la municipalité de Rio de Janeiro. Les données analysées indiquent la faible pertinence fiscale de la question environnementale, et les difficultés à mettre en place des dispositifs de gouvernance qui prévoient : une capacité de planification transversale, des mécanismes d'action intégrée entre les différents agents, et des incitations à une dynamique participative profonde dans la formulation et la mise en œuvre des politiques climatiques.

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Publié-e

2023-09-10

Comment citer

de Carvalho, M., Corrêa, F. S., & Araújo, R. P. Z. de. (2023). Gouvernance climatique : défi pour les régions métropolitaines brésiliennes. Cadernos Metrópole, 25(58), 805–827. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2023-5802