A marca da subjetividade autoral em documentários brasileiros sobre o Golpe de 2016:

opção estética, perspectiva política.

Autores

  • Marcelo Soler Belas Artes

Palavras-chave:

Documentário, Cinema Brasileiro, Estética e Política, Golpe, Comunicação

Resumo

O presente artigo partiu de uma pesquisa cujo cerne foi analisar exemplos emblemáticos de documentários contemporâneos brasileiros, explicitamente políticos, mas com presença de elementos performáticos e/ou poéticos. O intuito foi notar como as opções estéticas de linguagem auxiliavam na força argumentativa, ainda que enfatizando a subjetividade autoral. Para isso, o artigo retoma a discussão, já recorrente, sobre o equívoco em se entender o documentário como se fosse a “realidade dada na tela”. Em seguida apresenta, comenta e problematiza alguns recursos expressivos presentes em dois documentários, que versam sobre o processo de impeachment da ex presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, realizados por mulheres e em períodos muito próximos (2018 e 2019), tornando a escolha ainda mais delimitada (‘O Processo’ (2018) de Maria Augusta Ramos e  'Democracia em Vertigem' (2019) de Petra Costa).

Biografia do Autor

Marcelo Soler, Belas Artes

Mestre e Doutor pela ECA/USP com pesquisas em torno do documental na arte. Professor do curso dos cursos de Cinema, Produção Audiovisual e Artes Cênicas do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e professor convidado do programa de pós-graduação em Artes Cênicas da ECA/USP.

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Publicado

2025-12-23

Como Citar

Soler, M. (2025). A marca da subjetividade autoral em documentários brasileiros sobre o Golpe de 2016:: opção estética, perspectiva política. Ponto-e-Vírgula, 2(38). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/pontoevirgula/article/view/73223