A marca da subjetividade autoral em documentários brasileiros sobre o Golpe de 2016:
opção estética, perspectiva política.
Palavras-chave:
Documentário, Cinema Brasileiro, Estética e Política, Golpe, ComunicaçãoResumo
O presente artigo partiu de uma pesquisa cujo cerne foi analisar exemplos emblemáticos de documentários contemporâneos brasileiros, explicitamente políticos, mas com presença de elementos performáticos e/ou poéticos. O intuito foi notar como as opções estéticas de linguagem auxiliavam na força argumentativa, ainda que enfatizando a subjetividade autoral. Para isso, o artigo retoma a discussão, já recorrente, sobre o equívoco em se entender o documentário como se fosse a “realidade dada na tela”. Em seguida apresenta, comenta e problematiza alguns recursos expressivos presentes em dois documentários, que versam sobre o processo de impeachment da ex presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, realizados por mulheres e em períodos muito próximos (2018 e 2019), tornando a escolha ainda mais delimitada (‘O Processo’ (2018) de Maria Augusta Ramos e 'Democracia em Vertigem' (2019) de Petra Costa).
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