Animal print ou printando animais: muitos nudes para várias peles entre racialidade e percepção de gênero na artemoda
Mots-clés :
Moda, Arte, Corpo, Colonialidade, Indisciplinaridade.Résumé
Este artigo investiga a relação entre moda, arte e corpo a partir do conceito de pele, especialmente nas performances de Berna Reale. O problema central é como a moda, articulada às artes visuais e à comunicação, revela códigos atravessados por violência, exclusão e colonialidade nos debates sobre racialidade, gênero e estética. Analisamos a biografia do “nude” e trazemos o conceito de animal print na moda como metáfora simbólica. O referencial teórico mobiliza crítica contracolonial e estudos de comunicação. A escrita adotada combina análise de performances, metodologia artística e discussão teórico-conceitual em plano-sequência, vinculada à pesquisa autoral desenvolvida no laboratório Imaginar Muito Mesmo. Os resultados apontam que a moda, enquanto linguagem indisciplinar, pode deslocar paradigmas e propor modos de percepção tensionando signos.
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Referências Artísticas
Berna Reale; Nancy Burston; Caetano Veloso; James Dean; Dendezeiro; Elvis Presley; Giorgio Armani; Gilberto Gil; Gucci; Héctor Babenco; Luchino Visconti; Marilyn Minter; Marlon Brando; Nicholas Ray; Oliviero Toscani; Pierre Verger; Richard Quinn; Sebastião Salgado; Thom Browne; Tiganá Santana; Tran Ba Vang.
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