Crenças, sentimentos e percepções acerca da noção de resiliência em profissionais da saúde e da Educação que atuam com famílias pobres

Autores

  • Maria Angela Mattar Yunes Programa de Mestrado em Educação Ambiental, Fundação Universidade Federal do Rio Grande
  • Heloísa Szymanski Programa dos Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Palavras-chave:

resiliência, resiliência em famílias, famílias de baixa-renda, crenças, pobreza

Resumo

O presente estudo teve por objetivo pesquisar idéias, crenças e percepções de profissionais acerca das famílias em situação de pobreza e suas possibilidades de resiliência. Tomou-se como base a noção vigente de resiliência aplicada à Psicologia, a qual se refere a fenômenos que explicam a superação de adversidades. Foram entrevistadas individualmente oito trabalhadores sociais - quatro educadoras, uma assistente social e três profissionais da saúde. Desconhecedoras do termo "resiliência", as entrevistadas foram primeiramente informadas sobre o conceito e depois solicitadas a caracterizar: a) as famílias que compõem a sua experiência cotidiana e b) as famílias que "superam as dificuldades da pobreza". As trabalhadoras evidenciaram acreditar que a maioria das famílias é acomodada à pobreza e "desestruturada". Segundo as profissionais, estas famílias têm escassas probabiliades de sucesso diante das adversidades da pobreza. Portanto, a noção de resiliência, associada à condição de pobreza, pode sugerir preconceitos sobre a desvantagem socioeconômica, o que revela a necessidade de cautela na atribuição do termo.

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Publicado

2016-12-09

Edição

Seção

Artigos