O ensino da língua brasileira de sinais (Libras) sob a ótica de um professor surdo e de uma professora ouvinte
o lugar da Libras no currículo
DOI:
https://doi.org/10.23925/2175-3520.2022i54espp90-95Palavras-chave:
Libras, Currículo, Ensino, Formação de ProfessoresResumo
A Libras é reconhecida como língua da Comunidade Surda brasileira desde abril do ano de 2002, esse reconhecimento se deu graças a uma intensa mobilização da Comunidade Surda. Embora algumas pessoas afirmem que ela é a segunda língua oficial do Brasil, na verdade é uma língua reconhecida como “língua das comunidades surdas brasileiras (Brasil, 2002)” e esse reconhecimento se deu a partir da Lei 10436/02. Após o reconhecimento da língua o Decreto 5626/05 trouxe a obrigatoriedade do seu ensino para os cursos de licenciaturas. Podemos dizer que esse primeiro contato dos licenciandos com a realidade da trajetória dos surdos por educação e da complexidade da Libras é extremamente importante para que os processos de desenvolvimento da Comunidade sejam garantidos e principalmente para que a Língua de Sinais não seja banalizada, simplificada ou fique subordinada à Língua Portuguesa. Neste trabalho, trazemos um pouco da experiência como professores da disciplina em universidades federais, um surdo e uma ouvinte. Além disso, trazemos alguns dados produzidos em um projeto de formação com professores surdos de uma instituição escolar bilíngue para surdos. A partir dos discursos trazidos por esses atores, analisamos os dados com base nos princípios da PCCol - Pesquisa Crítica de Colaboração, Magalhães (2006), que destaca como uma perspectiva teórico-metodológica que favorece a co(construção) dos participantes da pesquisa, assim como a uma construção coletiva de escola e Universidade. Trata-se de um quadro que revela nosso compromisso como professor/a-pesquisador/a, que perseguem a ideia de que ensinar e aprender compõem um caminho de mão dupla.
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