A psicologia na escola - (re)pensando as práticas pedagógicas

Autores

  • André Feliphe Jales Coutinho Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Kamilla Sthefany Andrade de Oliveira Programa de Pós-Graduação em Psicologia/Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho – GEPET da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maria da Apresentação Barreto Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

psicologia escolar, extensão, práticas pedagógicas

Resumo

Dentre a diversidade de concepções teóricas que se propõem a compreender o ensino-aprendizagem, a abordagem histórico-cultural defende tratar-se de um processo no qual o sujeito que aprende tem papel ativo na construção do conhecimento e pode ser influenciado pelo contexto e pelo mediador. Nessa perspectiva, buscando a construção de conhecimentos sobre as possíveis intervenções do psicólogo na escola, o professor torna-se parceiro-chave no planejamento e execução das ações. Este trabalho relata umaproposta de extensão, do Departamento de psicologia da UFRN, numa escola pública do município de Natal-RN. O projeto objetivou (re)pensar junto com professores, coordenadores e servidores as práticas pedagógicas desenvolvidas no cotidiano da escola. A intervenção foi desenvolvida durante um semestre e participaram quatro professores e quatro turmas de alunos. Utilizaram-se como estratégia metodológica a roda de escuta ativa e técnicas variadas de acordo com as demandas levantadas pelos alunos. Essa atividade trouxe a oportunidade da aproximação dos extensionistas da psicologia com o contexto escolar, suscitando aprendizagens articuladoras de teoria e prática. As estratégias utilizadas para compreender o contexto e intervir contextualmente e a avaliação positiva feita pelos docentes, gestores e alunos assinalam a importância de trabalhos dessa natureza. Representou um passo a mais na direção da Construção de práticas entre formandos e formadores da psicologia que sinalizam novos trajetos que vão além das práticas tradicionais que solicitavam que a psicologia ajudasse a "consertar" os "alunos-problemas". Ao invés de aderir a essa demanda, optou-se por problematizar o olhar reducionista em torno das queixas suscitadas.

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