experiência místico-religiosa como ponto de partida da análise da práxis cristã
DOI:
https://doi.org/10.23925/2177-952X.2016v10i18p61-75Palabras clave:
Experiência místico-religiosa, Práxis, Espiritualidade, TeologiaResumen
Esta pesquisa se propõe a ser uma forma de análise da práxis cristã, tendo como ponto de partida a experiência místico-religiosa. A resposta de Friedrich Schleiermacher ao Iluminismo tem muito a nos beneficiar, principalmente se levarmos em consideração as críticas de Rudolf Otto. A compreensão do “sentimento de dependência” em Schleiermacher, que se torna em Otto “sentimento de criatura”, e a realidade da experiência de Deus que se conecta à práxis, nos fornecem um excelente ponto de partida para compreensão daquilo que move as pessoas a uma vida de renúncia, servidão e comprometimento com valores e princípios do Evangelho de Jesus Cristo. Com base em uma pesquisa de campo, foi possível perceber que existe uma conexão entre a práxis cristã e a experiência religiosa. Quando há experiência religiosa, há ações cristãs executadas com naturalidade, com maior incidência do que quando não existe tal experiência. Podemos ter muito a perder se acaso deixarmos de considerar o aspecto experiencial da fé cristã com o sagrado. Em primeiro lugar, em nossas formulações teológicas, as quais podem, em maior ou menor grau, enfatizar em demasia aspectos antropocêntricos, deixando de lado o aspecto numinoso. Em segundo lugar, perderemos a oportunidade de influenciar a igreja a vivenciar uma prática espiritual real, que considere, com toda a relevância devida, a experiência de fé e não somente aspectos catequéticos. Por fim, perderemos a possibilidade de analisar a vida de fé, tendo como ponto de partida a experiência de Deus, que pode ter sido agente influenciador número um para uma vida de exemplo de práxis cristã genuína.Descargas
Publicado
2016-12-26
Número
Sección
ARTIGOS